Nos últimos e decisivos dias antes das eleições que vão definir os próximos governantes do Espírito Santo e do país, termina a maratona de sabatinas, debates e propaganda eleitoral no rádio e na TV – que se encerram nesta sexta-feira (28).
Já era esperada uma disputa mais acirrada no segundo turno, principalmente no Espírito Santo, onde não tínhamos um segundo tempo em eleições para o governo estadual desde 1994. Mas o que os eleitores vêm (infelizmente) testemunhando é a troca de acusações entre os candidatos, que partiram para o tudo ou nada.
É alto o grau de animosidade e agressividade que tomou conta da propaganda eleitoral e também dos debates envolvendo Casagrande, Manato, Lula e Bolsonaro. Em vez de aproveitarem para aprofundar as propostas e aproximar o eleitor daquilo que realmente importa, os candidatos não usam o espaço da forma que deveriam.
Tal postura só afasta os eleitores que desejam ver soluções concretas para temas relevantes da sociedade e, sobretudo, os caminhos que cada um apresenta para que os projetos não fiquem no campo das ideias.
Para tomar a melhor decisão antes de depositar o voto na urna neste domingo (30), é fundamental o eleitor se cercar de conteúdo apurado e checado, e é aí que entra o trabalho jornalístico. Confrontar as informações e as polêmicas é muito importante neste momento decisivo, já que muita coisa é ventilada para desviar o foco do principal: programas de governo para resolver os reais problemas da população.
Está nas mãos do eleitor o poder de decidir aqueles que irão guiar o Estado e país pelos próximos quatro anos.