A indústria de eventos é um pilar da economia e envolve desde conferências de negócios e exposições até festivais culturais e esportivos.
Para além do enorme leque de atividades, o setor funciona como uma espécie de catalisador de outros segmentos, ou seja, estimula uma cadeia produtiva de serviços de turismo, transporte e gastronomia, para citar apenas três áreas. Gastos em hotéis, restaurantes e mobilidade impulsionam a economia local.
Na última semana, a Grande Vitória sediou dois eventos que representam bem os ganhos oriundos dessas atividades: o Ecommerce.ES e o Vital.
Conferências e seminários são oportunidades para o compartilhamento de conhecimento, a troca de experiências e criam um ambiente para que empresas promovam produtos e serviços, estabeleçam parcerias e expandam mercado.
Além disso, eventos proporcionam conexões pessoais e networking essenciais para o crescimento profissional e, por consequência, impacto direto no desenvolvimento de negócios.
Já os eventos culturais enriquecem a vida das cidades e atraem visitantes, movimentando toda uma cadeia produtiva.
Um aspecto fundamental é que, se de um lado a atração de eventos depende da infraestrutura oferecida, de outro o mercado fomenta a própria expansão da infraestrutura, num ciclo virtuoso.
Lugares adequados respeitam a coletividade, mitigam efeitos colaterais negativos no dia a dia das cidades e oferecem segurança para o consumidor. A mudança do Vital da Orla de Camburi para o Sambão do Povo se enquadra perfeitamente nessa lógica.
A Abrape – Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – afirma que o setor registrou quase 43% a mais de contratações no primeiro semestre deste ano, quando comparado a 2022.
Fato é que o setor ainda está se recuperando do período da pandemia de Covid, que impactou negativamente praticamente todos os segmentos econômicos.
Nesse sentido, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, criado pelo governo federal passado e mantido pelo atual governo é uma boa medida do papel que o poder público deve cumprir, principalmente quando não fica restrito a uma situação atípica: crédito, desoneração fiscal, refinanciamento de dívidas.
Apoiar a indústria de eventos é essencial para promover o desenvolvimento econômico e cultural em todas as regiões.