A fome é um desafio complexo que exige um esforço conjunto do poder público, das organizações do terceiro setor e da iniciativa privada.
Ao ampliar a oferta de empregos, as empresas possibilitam que as pessoas gerem renda e tenham menos dificuldades para adquirir alimentos e atender às necessidades básicas.
Na última sexta-feira, um dos maiores grupos empresariais do Espírito Santo, o Grupo Coutinho, responsável pelas redes de supermercados Extrabom, Atacado Vem e Extraplus, se comprometeu a selecionar mais de mil trabalhadores até o primeiro semestre do ano que vem.
Essa mão de obra vai atender às lojas espalhadas por oito municípios do Estado e a seleção será feita a partir do Cadastro Único do governo federal.
O grupo empresarial assinou um protocolo de intenções para ajudar a promover a inclusão socioeconômica, um dos três eixos principais do programa Brasil sem Fome. O objetivo é reduzir a pobreza extrema e aumentar a segurança alimentar.
O Espírito Santo aderiu ao programa federal. O Estado, ainda que esteja bem abaixo da média nacional de domicílios com insegurança alimentar grave, convive com mais de 300 mil famílias nessa situação. São capixabas que precisam de ajuda!
No primeiro semestre do ano, o Instituto Americo Buaiz promoveu uma campanha de combate à fome junto com duas organizações do terceiro setor: Cufa (Central Única das Favelas) e Associação Cestas do Bem.
O tema merece, de todos nós, um olhar atento para o presente e para o futuro. Quando se trata de crianças e adolescentes, a fome traz inúmeros problemas para o desenvolvimento cognitivo e motor.
Iniciativas como a do Grupo Coutinho e mobilizações de entidades do terceiro setor, como o Instituto Americo Buaiz, precisam e devem ser replicadas.
Chega de normalizar o que não é normal. E alguém não ter um prato de comida não é normal.