Um dia…
Não. Agora.
Os efeitos do aquecimento global já estão presentes. Não se trata mais de falar de um futuro, de um tempo por vir.
As ondas de calor, por exemplo, são reflexos das mudanças climáticas, ou seja, as alterações de temperatura deixam de ter um padrão e passamos a conviver com eventos climáticos extremos.
E um detalhe importante. Isso passa a acontecer de maneira mais frequente e com maior duração.
Nessa última semana, diversas cidades pelo Brasil atingiram máximas históricas de temperatura. No Espírito Santo, os termômetros registraram temperaturas de 5º Celsius acima da média.
Se voltarmos alguns meses, também notamos o fenômeno. Agosto e setembro, ou seja, em pleno inverno, boa parte dos brasileiros conviveu com altas temperaturas. São Paulo, por exemplo, teve o inverno mais quente dos últimos 63 anos.
Variações assim tem acontecido, de maneira geral, na maior parte dos países.
E não se trata apenas de ondas de calor. Mudanças climáticas estão diretamente relacionadas a eventos como chuva em excesso, com inundações devastadoras em várias partes do mundo, e secas, que ameaçam a sobrevivência de populações inteiras.
Aqui vale ainda refletirmos sobre um detalhe importante. Os desastres chamados de naturais deixam de ser naturais, ou seja, mesmo que o fenômeno já fosse acontecer em um determinado período do ano e em determinada região, eles são intensificados, o que aumenta, e muito, o risco para a população.
As mudanças climáticas emergem como fato incontestável e trazem consigo uma série de desafios. De maneira muito direta, mitigar os efeitos adversos é uma responsabilidade coletiva e urgente.
Uma abordagem eficaz passa pela transição para fontes de energia renovável, com investimentos em tecnologias limpas como solar e eólica, em substituição aos combustíveis fósseis, o que diminuiria a emissão de gases do efeito estufa.
Outro passo importante é a implementação de políticas ambientais rigorosas, que limitem a emissão de carbono, promovam práticas agrícolas sustentáveis e incentivem a preservação de ecossistemas vitais.
Em paralelo às medidas em nível macro, a educação ambiental pode inspirar as pessoas a adotarem estilos de vida mais sustentáveis, inclusive com práticas de consumo consciente.
Já é passada a hora da questão das mudanças climáticas ter um ponto de inflexão e, para tanto, é fundamental reconhecer nossa responsabilidade coletiva e agir.