A decisão do governo do estado de assumir a administração da Terceira Ponte e da Rodovia do Sol está correta diante das circunstâncias atuais.
A concessionária Rodosol colocou em xeque o governo do estado ao pedir à Justiça a prorrogação do contrato com a alegação de que este deve R$ 351 milhões.
O governo contesta o valor e solicitou um novo cálculo. A Justiça ainda vai analisar o litígio em andamento, mas o fato de o governo do estado nesse momento não abrir um novo processo de concessão, e junto a isso eliminar a cobrança de pedágio, gerou uma vantagem.
Politicamente, a ação é extremamente popular e não há nada de ilegítimo. Tão pouco seria correto classificá-la de populista, no sentido demagógico.
Além disso, legalmente se a Justiça decidir a favor da Rodosol e prorrogar o contrato, ou seja, estabelecer entre outras coisas a volta da cobrança de pedágio, a medida em si pode ser considerada contrária ao interesse público.
Posto isso, para além das questões conjunturais, parcerias no modelo público-privada, quando bem elaboradas, já se mostraram mais eficientes para gerir determinados setores, tais como concessões de rodovias, além de permitir que o poder público aloque recursos em áreas primordiais como, educação, saúde e segurança.
O governo do estado tem pela frente o desafio de prestar um atendimento ao público pelo menos com a mesma qualidade e eficiência oferecidas pela Rodosol no que se refere ao monitoramento e a manutenção das vias, aos serviços de socorro de panes mecânicas e acidentes, para citar alguns pontos.
O que o contribuinte de fato almeja é ser tratado com o respeito e a dignidade que merece.
Assim, caso a prestação de serviços não seja mantida com qualidade ou se no futuro a decisão de agora não se mostrar a mais eficaz, sempre haverá a possibilidade de fazer uma nova licitação ou uma parceria público-privada que, como pontuado anteriormente, já se mostraram caminhos acertados.