O sistema de saúde enfrenta um enorme desafio diante da explosão de casos de dengue e o aumento de doenças respiratórias como Covid e influenza. Em relação as últimas, a rápida propagação do vírus e suas variantes dificulta o rastreamento e a contenção.
A pressão nos hospitais públicos e nos privados evidencia falhas estruturais e expõe a fragilidade dos serviços em lidar com crises sanitárias, o que afeta, diariamente, milhares de pessoas.
Aqueles que procuram os prontos socorros enfrentam enormes filas e demora no atendimento. Não raro a confusão se instala.
A aglomeração potencializa os riscos de transmissão e não se vê medida alguma de distanciamento.
Quem se põe a ouvir as histórias que ali se desenrolam percebe rapidamente como as pessoas se sentem abandonadas e desrespeitadas.
Há que se destacar que para além da questão da cidadania e do direito à saúde, nos serviços privados a relação paciente-prestadores de serviços é moldada pela dinâmica consumidor-fornecedor. Nessa lógica, entre aqueles que pagam planos de saúde é cada vez menor a percepção de valor, ou seja, há um descompasso gritante entre o preço e o serviço recebido.
Privado ou público, diante desse cenário é imperativo adotar medidas urgentes para fortalecer e preparar adequadamente o sistema de saúde para os desafios presentes e futuros.
O sistema de saúde já provou que é capaz de se adaptar diante de prioridades e emergências. Assim foi durante a pandemia de Covid. Premente é definir estratégias e linha de atuação, o que inclui não só aumentar os investimentos em infraestrutura e pessoal e melhorar os sistemas de vigilância epidemiológica.
É fundamental que as autoridades governamentais e as instituições de saúde adotem uma abordagem proativa e invistam em programas de prevenção, educação e conscientização.