A chuva no Sul do Espírito Santo revela uma realidade preocupante: a falta de estrutura adequada para lidar com eventos climáticos extremos.
De um lado, não há medidas preventivas, o que amplifica os impactos e deixa comunidades inteiras vulneráveis a destruição. A falta ou o baixo investimento em sistemas de drenagem, contenção de encostas e saneamento básico tornam a região mais suscetível a inundações.
Por outro lado, a dificuldade em executar um plano de emergência após a chuva agrava ainda mais a situação.
Vias interditadas, por exemplo, a BR 101, dificultam o deslocamento de equipes de resgate e o transporte de suprimentos emergenciais. A falta de comunicação, como aconteceu em Mimoso do Sul, também compromete a eficácia do atendimento às vítimas.
O vídeo gravado pelo prefeito da cidade é emblemático. Para além do retrato do desespero de quem não consegue atender a todos os chamados por socorro, mostra a falta de estrutura para agir.
As autoridades precisam reconhecer a gravidade da situação e adotar medidas concretas para proteger as pessoas. Isso inclui investimento em infraestrutura, educação para a prevenção de desastres e fortalecimento de sistemas de alerta.
É fundamental implementar políticas de gestão de risco e envolver a comunidade.
“Choveu mais que o previsto” é uma das frases repetidas centenas de vezes em situações como essa.
Não podemos mais admitir que essa seja a resposta para a perda de vidas ou de bens materiais que levaram uma vida para serem conquistados. Chega! As autoridades não podem mais adiar ações efetivas diante dos desafios dos eventos climáticos.