Brasil em alerta: sinal amarelo acendeu!

A semana foi marcada por acontecimentos que escancaram a fragilidade da governabilidade e os desafios dos cenários político e econômico no Brasil. A cirurgia do presidente Lula não apenas evidenciou a ausência de lideranças no Executivo, mas também antecipou a discussão sobre a sucessão de 2026, gerando especulações que podem intensificar disputas internas e externas.

No Congresso, o comportamento dos parlamentares deixou a desejar no que se espera de uma democracia republicana. Insatisfeitos com as novas regras para liberação de emendas parlamentares estabelecidas pelo ministro do STF, Flávio Dino, deputados paralisaram a tramitação da Reforma Tributária, encerrando em apenas 11 minutos a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para além do que pode ser definido como chantagem descarada, esse movimento revela uma crise de articulação política, agravada pela falta de coordenação do governo na reta final do ano.

Apesar do impasse na Câmara, o Senado avançou ao concluir a votação da regulamentação da primeira fase da Reforma Tributária, focada nos impostos sobre produção e consumo. Contudo, o texto retornará à Câmara com alterações que elevam a alíquota-padrão prevista para 2032 de 26,5% para 28,54%. Esse valor é um recorde mundial e, se aprovado, pressiona ainda mais os preços e a competitividade da economia.

E como o ditado diz que notícia ruim nunca vem sozinha, o Banco Central anunciou uma elevação da taxa Selic, de 11,25% para 12,25% ao ano, a maior desde 2022, e sinalizou mais dois aumentos em 2025. Essa decisão reflete um contexto de incertezas econômicas e a necessidade de conter a inflação, mas também impõe um fardo significativo sobre o setor produtivo e as famílias, que já sofrem com juros elevados.

Para completar a semana, o cenário político ficou ainda mais tenso no sábado, com a prisão preventiva do general Braga Neto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Acusado pela Polícia Federal de obstrução da Justiça, Braga Neto foi indiciado, em novembro, no inquérito sobre tentativa de golpe de estado para manter Bolsonaro no poder.

O saldo da semana é um ambiente político e econômico bastante tenso. O Brasil precisa urgentemente de liderança, diálogo e responsabilidade para enfrentar esses desafios. Sem isso, o país corre o risco de aprofundar suas crises em um futuro próximo.

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