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Nasa divulga novas imagens do “asteroide do Apocalipse”, que pode atingir a Terra

Por conta da possibilidade de atingir a Terra, foi apelidado de “asteroide do Apocalipse”. A chance disso acontecer é muito pequena, mas existe.

Foto: Divulgação/ Nasa

A agência espacial Nasa divulgou imagens detalhadas do asteroide Bennu nesta quarta-feira (31). O aparelho pousou na superfície de Bennu no início de dezembro do ano passado.

O corpo celeste está em órbita entre a Terra e Marte e chegou a ameaçar o planeta. Por causa da possibilidade de atingir a Terra, foi apelidado de “asteroide do Apocalipse”. A chance disso acontecer é muito pequena, mas existe.


SOBRE O ASTERÓIDE

Lançada em agosto de 2016, a sonda Osiris-Rex, da agência espacial americana (Nasa), chegou com sucesso nesta segunda-feira, 3, ao asteroide Bennu, após viagem de mais de 130 milhões de quilômetros da Terra. O objetivo da missão é coletar amostras do solo e descobrir vestígios da formação do Sistema Solar, formado há 4,5 bilhões de anos.

Com diâmetro estimado em apenas 500 metros, Bennu tem a superfície rica em carbono e vai se tornar o menor asteroide já explorado por uma sonda espacial. A Osiris-Rex, que tem o tamanho de um SUV, só deve chegar à órbita do asteroide no dia 31 de dezembro, mas não vai pousar na superfície.

A sonda da Nasa deve usar um braço mecânico para recolher pelo menos 60 gramas de poeira e cascalho da superfície em 2020. O trabalho vai durar um ano. Depois as partes irão se separar e as amostras serão enviadas em um cápsula para a Terra. Segundo técnicos da agência espacial, a previsão de chegada é em 2023.

"Bennu está coberto de material carbônico e orgânico, as bases construtoras da vida", afirmou Amy Simon, cientista adjunta da missão, durante transmissão realizada na tarde desta segunda. Por causa da distância, a mensagem enviada pela sonda demorou cerca de sete minutos para chegar até a equipe da Nasa. A chegada da espaçonave foi recebida com aplausos.

"Aliviados, orgulhosos e ansiosos para começar a explorar!", publicou o cientista Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, no Twitter.

"Depois de dois anos de viagem e mais de uma década de planejamento e trabalho, estou aqui. A chegada é só o começo", foi a mensagem divulgada no perfil oficial da missão, @OSIRISREx, que tem custo de cerca de U$ 800 milhões (R$ 3 bilhões, na cotação atual).

Especialistas da Nasa acreditam que Bennu se formou a partir de uma colisão cósmica contra um protoplaneta (matéria cósmica que pode se tornar um planeta), há cerca de um bilhão de anos. O asteroide, considerado próximo da Terra, foi descoberto em 1999.

Há uma semana, o módulo espacial InSight, também da agência espacial dos Estados Unidos, fez um pouso bem sucedido em Marte. As primeiras fotos da superfície de planeta vermelhos já foram enviadas.

A Nasa, no entanto, não é a única a explorar asteroides. Em setembro, um robô lançado por uma sonda espacial do Japão chegou à órbita do asteroide Ryugu, duas vezes maior do que Bennu. As amostras coletadas na missão devem chegar à Terra no próximo ano. /COM AGÊNCIAS