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Casas são inundadas pela água depois que o Rio Doce passou dos 5 metros, em Linhares

Já são mais de 20 desalojados ou desabrigados por conta da cheia. Previsão é a de que o rio continue subindo

Foto: Kaio Henrique
Casas do bairro Olaria já foram inundadas pelo Rio Doce.

Mais famílias do bairro Olaria, em Linhares, tiveram de deixar as casas dessa segunda (27) para terça-feira (28). De acordo com a Defesa Civil, mais de 20 famílias foram obrigadas a sair de onde moram por causa da cheia do Rio Doce, que já passa dos 5,00 metros.

O bairro Olaria é o mais afetado em caso de cheia do rio. Até o início da tarde dessa segunda, quando a água ainda estava nos quintais de alguns imóveis, seis famílias tinham deixado o bairro de forma preventiva.

Agora, segundo a Prefeitura de Linhares, já são 22 fora de casa. 20 estão no ginásio do bairro Conceição, preparado para receber os atingidos pelas chuvas, e as outras duas na casa de parentes. O município mandou caminhões de mudança até lá para que moradores pudessem tirar as coisas de casa.

Foto: Kaio Henrique
Cais do Porto, em Linhares, completamente inundado.

Na manhã desta terça, às 7h30, a régua que fica no Cais do Porto marcava 5,22 metros. A previsão é a de que o rio, em Linhares, ganhe ainda mais volume. 

"A tendência é continuar subindo porque em Colatina, a previsão é de [o Rio Doce] chegar a 8,30 metros pela manhã. Isso significa que essa água vai descer, vai passar por aqui", alertou o coordenador de Defesa Civil de Linhares, Antônio Carlos dos Santos.

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que monitora toda a bacia do Rio Doce, confirma que em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, o rio chegue aos 8,00 nas próximas horas e com tendência a se estabilizar. Em Linhares, a previsão é a de que chegue aos 5,50 até às 18h.

Interior

A Defesa Civil monitora a situação das chuvas e da cheia em Linhares 24 horas. E uma das preocupações é com o interior do município, onde ainda não há nenhum registro grave. Mas de acordo com o coordenador do órgão, muitos desses locais são de difícil acesso.

"É uma área que a gente tem de ficar atento daqui para frente. São regiões que estão isoladas e, em muitas delas, só é possível chegar de helicóptero ou de barco. Então, nós estamos monitorando e atentos aos chamados dessas pessoas", informou Antônio Carlos dos Santos.

A Defesa Civil tem um telefone para casos de emergência: (27) 99983-5661. A população também pode ligar para a Guarda Municipal, no 153, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193.