Greve de ônibus na 2ª: Justiça determina que 70% da frota deve circular nos horários de pico
Após anunciar por meio de edital nesta sexta-feira (06), a greve do Sindirodoviários está confirmada para segunda-feira (09), e 40% da frota deverá circular
Após anunciar por meio de edital nesta sexta-feira (06), a greve do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) está confirmada para segunda-feira (09). Segundo o edital, todas as linhas que cortam a Grande Vitória devem parar parcialmente, funcionando apenas 30% da frota.
Em contrapartida para atender a população o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano de Grande Vitória (GVBus), deu entrada na Justiça do Trabalho que deferiu uma liminar que vai garantir a circulação de 40% dos ônibus durante o dia e 70% durante os horários de pico (06h às 09h e 17h às 20h). Se a classe dos rodoviários descumprir a liminar poderá pagar multa de R$ 30 mil.
A greve é motivada pelo problema do pagamento do plano de saúde da categoria. Segundo o presidente do Sindicato Carlos Louzada, os rodoviários querem que os patrões paguem o plano integralmente. "Tem gente morrendo e eles não pagam o plano de saúde todo, os motoristas não conseguem pagar o plano, é muito caro”, reclama o presidente Carlos Louzada, que disse que até ele teve de suspender o seu plano de saúde.
O GVBus informou através de sua assessoria de imprensa o tema plano de saúde, motivo alegado pelo Sindirodoviários para deflagrar a greve, foi exaustivamente tratado durante as 14 reuniões que culminaram no dissídio coletivo. "Na ocasião, após cancelamento do contrato de prestação de serviço de saúde por parte da Samp,o Sindirodoviários indicou a contratação da Operadora de saúde, a Unimed, como nova prestadora de serviços. O contrato assinado tem o Sindidoviários como interveniente e duração de 12 meses, quando o tema poderá voltar a pauta".
No ano passado, em assembleia realizada no dia 26 de novembro, os motoristas e filiados ao Sindirodovários decidiram entrar em greve. Na ocasião, trabalhadores e empresários do setor tiveram um impasse nas negociações salariais deste ano. Os rodoviários queriam reajuste salarial de 15%, tíquete-alimentação no valor de R$ 4,00 e pagamento integral do plano de saúde. O sindicato patronal ofereceu 8% de reajuste, R$ 2,00 no tíquete-alimentação e 80% de cobertura no plano de saúde.