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Paulo Hartung assina reestruturação da Polícia Militar do ES. Conheça as medidas

Novas Companhias Independentes serão criadas em Serra, Vitória e Vila Velha, além de Companhias de Policiamento Ostensivo no interior do Estado

Criação de Companhias Independentes e novos Comandos de Policiamento Ostensivo são as novidades da reestruturação da PM no Estado Foto: Divulgação/PM

O governador do Estado Paulo Hartung (PMDB) assinou nesta quarta-feira (1°) um decreto para reestruturação da Polícia Militar do Espírito Santo. Entre as medidas estão a criação de companhias independentes e outros dois novos Comandos de Policiamento Ostensivo. As medidas foram divulgadas pelo secretário de segurança André Garcia.

O secretário de segurança André Garcia anunciou as modificações Foto: Reprodução Facebook

"Vamos criar uma Companhia Independente para atender o município da Serra com unidade no bairro Feu Rosa. Em Vitória, vamos atender a parte continental da Ilha com outra Companhia Independente da Polícia Militar, em Jardim Camburi. Já em Vila Velha, também vamos criar uma Companhia Independente em Jabaeté para atender a região de Terra Vermelha", afirmou.

E completou: "Além disso, vamos criar mais duas CPO's (Companhia de Policiamento Ostensivo). Uma no Noroeste do Estado, em Colatina, para atender 21 municípios, e outra na região Serrana, a partir de Domingos Martins, que vai dar assistência a outros 18 municípios".

"A reorganização do quadro da Polícia Militar partiu de algumas premissas. Uma delas é tentar restabelecer a relação de proximidade dos militares com a comunidade, atender melhor e fixar efetivos da polícia. Também precisamos reconhecer o fato de que nós temos em maioria bons profissionais, com todo interesse em restabelecer essa relação com a sociedade. Nós vamos melhorar e muito a presença e fixação da Polícia Militar, especialmente na Região Metropolitana, sem esquecer de atender às demandas no interior", explicou.

Fim da Rotam e BME

Ainda na coletiva, André Garcia explicou o quê vai acontecer com a Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) e o Batalhão de Missões Especiais (BME). "Estamos descentralizando a Rotam, que tinha uma atuação em todo território capixaba. Agora, cada batalhão vai ter uma companhia de força tática-móvel com efetivo próprio. A princípio, vamos fazer a distribuição dos efetivos que estavam concentrados na Rotam e BME. O papel que era da Rotam vai ser executado pela tático-móvel. A ideia não foi extinguir as unidades, mas concentrar esforços sem perder a capacidade de fazer policiamento tático-móvel".

Quem também vai ganhar um reforço dos militares é o município de Cariacica, que vai sediar a Companhia Independente de Missões Especiais. Questionado se a reorganização e a implantação desse novo quadro faz parte de uma consequência da paralisação dos militares, Garcia negou e ainda revelou que estudos estavam sendo feitos antes da greve.

"Esse estudo já estava sendo feito e entendemos que agora é o momento certo. No processo como esse, em que houve uma ruptura, não há vencedor. Temos que extrair lições disso: ter seriedade e responsabilidade para não entrar no caminho da vingança. Reconhecer que temos muitos policiais bons, mas alguns deles embarcaram em uma visão errada e temos que resgatá-los".

Efetivo

De acordo com o secretário, o efetivo da Polícia Militar em atuação já está bem próximo dos 10 mil homens e que poucos militares estão afastados. Sobre o carnaval, André Garcia admitiu que o resultado não foi satisfatório e acredita que o número de homicídios só vai apresentar uma redução considerável a partir do próximo ano.

"Tínhamos acabado o movimento da PM e leva-se um tempo a cumprir escalas e estabelecer os padrões de qualidade que a polícia tinha antes. Isso é natural, mas a expectativa nossa é que com a retomada correta, voltando a normalidade, passe um desafio novo que é retomar a qualidade dos serviços prestados. O resultado de Carnaval não foi bom porque estamos retomando. Mas essa mesma polícia que interrompeu o serviço é a mesma que reduziu os homicídios nos últimos sete anos.O fato é que em termos de homicídio este ano não vamos conseguir pela quantidade que tivemos nesse mês. O estado vinha diminuindo o número nos últimos sete anos e essa frequência vai ser interrompido em 2017. O desafio é estabelecer a normalidade e em 2018 tentar diminuir", concluiu.