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Reabertura de academias: o que os profissionais da saúde dizem sobre a decisão

Na Grande Vitória, o limite para atendimento dos alunos é de uma pessoa a cada 15 metros quadrados

Foto: Reprodução/Pexels

As academias de ginásticas foram autorizadas a reabrir nesta segunda-feira (25) após um decreto do Governo do Estado. O ofício estabelece regras para o funcionamento. Uma das principais é a que limita a cinco o número de clientes ao mesmo tempo dentro do estabelecimento.

No entanto, a medida não agradou os proprietários de academias de médio e grande porte. Eles consideram que os custos de manutenção não compensam a reabertura com essas limitações.

Como alternativa, a Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo sugere que o limite de pessoas em cada horário seja proporcional ao tamanho do estabelecimento. O presidente da associação, Carlos Andrião, explicou que a ideia estava sendo discutida com o governo até a semana passada. 

"Nós vínhamos discutindo com o governo uma alternativa na qual fosse feita alguma coisa muito parecida com os supermercados, onde você abre e tem uma limitação de quantidade de pessoas, que estava em torno de 10 metros quadrados por cliente. Com essa perspectiva de 5 clientes, você não atende nem os seus clientes que querem voltar para a academia", afirmou. 

Na Grande Vitória, o limite é de uma pessoa a cada 15 metros quadrados. A secretária de Estado de Gestão e Recursos, Lenise Loureiro, explica que a medida vale para as academias que possuem 75 metros quadrados ou mais. "Esses espaços precisam ter no máximo cinco pessoas no estabelecimento. Se o local for pequeno, não pode funcionar", explica.

Profissionais da Saúde

Por outro lado, profissionais da saúde falam sobre a decisão de reabrir as academias no momento em que cresce o número de casos do novo coronavírus. O subsecretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin, foi questionado sobre a atitude do Governo. "A abertura das academia vem com uma regra bastante severa de funcionamento. É um atendimento individual, por setor dentro de cada academia. Atividades que produzem muito suor, elas não estão permitidas, então se todos nós, nas academias, no comércio, no supermercado, seguirmos regras de distanciamento, vamos contribuir para não transmitir a doença", afirmou.

A infectologista, Filomena Alencar, considera arriscado reabrir as academias neste momento. "É complexo, nesse momento, imaginar que em uma curva em franca ascensão, com a escassez de vagas, nós tenhamos um risco adicional de pessoas que podem estar frequentando ambientes fechados com a possibilidade de se infectar", destaca. 

A também infectologista, Rubia Miossi, analisa a situação com cautela. "A academia para funcionar vai ter que se responsabilizar por tudo isso. Vai poder funcionar se respeitar todas essas regras. Para isso, precisa da colaboração de todo mundo. É uma questão das pessoas entenderem que para frequentar um ambiente coletivo, tem que pensar no coletivo", afirma. 

A equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV aguarda resposta do Governo do Estado a respeito do assunto. O posicionamento será incluído no texto assim que for enviado.

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV.

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