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Veterinário de Guarapari sugere cuidados que devem ser tomados com os animais durante a pandemia

Os pets podem contrair e transmitir a doença? Eles devem ser levados para passear durante o período de isolamento? Confira a explicação de um especialista sobre a relação dos animais de estimação com a Covid-19

Foto: Reprodução/Pexels

A pandemia do novo coronavírus afetou inúmeras famílias, que precisaram se adaptar às orientações de órgãos da saúde para evitar o contágio da doença. Assim como os donos, os pets também devem ter a rotina adequada e os cuidados com higiene redobrados durante o período de isolamento social. Isso porque, embora não contraiam a Covid-19, os animais de estimação podem transportar o vírus por meio das patas ou pelo. No entanto, não é preciso temê-los. Seguindo as recomendações do médico veterinário Dr. Fábio Maio, é possível mantê-los por perto, saudáveis e seguros.

De acordo com dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 44% dos lares brasileiros contam com pelo menos um cachorro e cerca de 17% possuem pelo menos um gato. Em meio à pandemia do novo coronavírus, estes tutores provavelmente têm se perguntado sobre a relação dos animais de estimação com a doença. Afinal, eles podem contrair e transmitir a Covid-19?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, até o momento, não foram encontradas evidências de que animais de estimação possam ser infectados pela Covid-19 ou transmiti-la. Contudo, estudos ainda estão sendo realizados para que se compreenda de que modo o organismo de diferentes animais podem reagir ao vírus.

Segundo o médico veterinário Dr. Fábio Maio, proprietário da clínica “Dr Fábio Veterinário”, o que pode acontecer é que os animais transportem o novo coronavírus por meio das patas ou pelo. “Eles não ficarão doentes, mas podem, assim como objetos, transportar o vírus, caso uma pessoa infectada espirre ou tussa perto dele”, explica.

O receio de que isso aconteça fez o índice de animais abandonados aumentar no país e no mundo, desde o início da pandemia. Por isso, é fundamental que os tutores entendam que, seguindo as recomendações veterinárias, não é preciso temer os animais de estimação. Muito pelo contrário, eles são grandes companheiros e mantê-los por perto pode tornar o período de isolamento social menos solitário. 

O receio de que isso aconteça fez o índice de animais abandonados aumentar no país e no mundo, desde o início da pandemia. Por isso, é fundamental que os tutores entendam que, seguindo as recomendações veterinárias, não é preciso temer os animais de estimação. Muito pelo contrário, eles são grandes companheiros e mantê-los por perto pode tornar o período de isolamento social menos solitário. 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Médico veterinário Dr. Fábio Maio. 

Passeios

O ideal é que os donos evitem sair os com animais. Contudo, o Dr. Fábio orienta que, quando for necessário passear, os tutores devem tomar alguns cuidados. “Os donos devem usar máscaras, higienizar as mãos com álcool gel e evitar locais em que haja aglomerações”. Além disso, ao retornar para casa, é recomendado lavar as patas dos animais com água e sabão. Assim, caso o bichinho tenha tido contato com o novo coronavírus durante o passeio, as chances de que o transporte por meio das patas e pelo são reduzidas. 

O veterinário sugere ainda outra maneira de garantir que o vírus não seja trazido para dentro de casa pela pata do animal. “Os donos podem comprar para os animais sapatinhos de pano, feitos especificamente para cães. Eles são comercializados em Pet Shops. Assim, no retorno do passeio, antes de entrar em casa, o tutor pode removê-los e higienizá-los”, explica Dr. Fábio.

Embora o uso de álcool em gel seja recomendado para os humanos, o produto não deve ser usado para desinfetar as patas dos animais, pois eles costumam lambê-las e a ingestão da substância pode ser prejudicial ao organismo.

Higiene

“Os cuidados com higiene para aqueles que têm animais não são muito diferentes dos que nós já tomando para nos proteger do vírus”, diz o Dr. Fábio. Os tutores devem lavar bem as mãos antes e após o contato com o bichinho, com o alimento, fezes ou urina do animal. Além disso, os donos devem evitar beijar o pet, compartilhar objetos e alimentos com ele ou ainda receber lambidas.

Infectados

Por fim, a orientação da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) é que pessoas que contraíram a Covid-19 evitem o contato próximo com os animais de estimação, já que ainda não se sabe como o organismo de diferentes espécies pode reagir à exposição ao novo coronavírus e os pets podem agir como carreadores do vírus.

Seguindo as recomendações, aproveite o tempo em casa para dedicar ao seu bichinho ainda mais atenção e afeto. Assim, serão uma boa companhia um para o outro durante o período de isolamento social.

Texto: Nicolly Credi-Dio

 

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