MORTE gerson camata

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Acusado de matar ex-governador Gerson Camata será julgado no dia 3 de agosto

Marcos Venicio Moreira Andrade está preso desde o dia 26 de dezembro de 2018, mesmo dia em que o ex-governador foi assassinado na Praia do Canto

Foto: Divulgação / Polícia Civil

O julgamento do acusado de assassinar o ex-governador Gérson Camata, em dezembro de 2018, já tem data para acontecer. A Justiça marcou o júri popular de Marcos Venicio Moreira Andrade para o dia 3 de agosto. A audiência será realizada a partir das 9 horas, no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da capital.

Gérson Camata foi assassinado com um tiro no pescoço, no dia 26 de dezembro de 2018, aos 77 anos, na Praia do Canto, em Vitória. Marcos Venicio, que já foi assessor de Camata, foi preso no mesmo dia e confessou o crime. Ele continua preso preventivamente desde então.

Em julho de 2019, a Justiça decidiu que Marcos Venicio, denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, seja submetido a júri popular. O julgamento vai acontecer mais de dois anos após o pronunciamento do réu.

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A advogada Junia Rutowitsch, uma das responsáveis pela defesa de Marcos Venicio, disse que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a marcação do julgamento. 

Já os advogados Ludgero Liberato e Renan Sales, que representam a família Camata como assistentes de acusação, acreditam que com a prova dos autos, não haverá outra conclusão senão a condenação.  Em nota, destacaram que a família recebeu com felicidade a notícia da data do julgamento e que reitera a confiança no Poder Judiciário. 

Quem é Marcos Venicio

Marcos Venicio é economista e era o responsável pelas finanças e pelas campanhas políticas de Camata entre os anos de 1986 e 2005. O ex-governador moveu um processo contra o acusado depois que ele foi a público apontar possíveis irregularidades no governo de Camata. Eles tinham uma briga desde então e o processo teria motivado o crime.

O ex-assessor foi condenado pela Justiça por calúnia e difamação, após dar uma entrevista ao jornal "O Globo", em 2009, acusando Camata de cometer supostas irregularidades, como o envio de notas fiscais frias e ter cobrado mensalidade de empreiteiras para votar projetos que fossem de interesse das empresas. A multa inicial para Andrade, na ação por difamação, foi estipulada no valor de R$ 50 mil.

Andrade recorreu da decisão, mas não conseguiu reverter a pena. Porém, a multa foi reduzida para R$ 20 mil. Com o passar dos anos e com os juros cobrados, o valor triplicou, alcançando a quantia de R$ 60 mil. Em 2018, a Justiça bloqueou as contas de Marcos Venício para o pagamento da indenização.