Dino (divulgador de notícias)

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ABB vai integrar projeto de lítio zero carbono

Empresa assina acordo com Vulcan Energy Resources para implantar usina geotérmica de eletricidade integrada à uma extração da empresa em implantação na Alemanha

Foto: Divulgação/DINO

A empresa de automação ABB vai integrar um projeto de extração mineral em desenvolvimento na Alemanha que promete ser o primeiro no mundo a disponibilizar lítio dissociado de emissões para o mercado de baterias. A organização assinou um memorando de entendimento com a Vulcan Energy Resources para integrar o projeto Zero Carbon Lithium, que pretende extrair lítio de água salobra do subsolo do Alto Rio Reno, onde estão os maiores depósitos do metal na Europa.

Pelo acordo anunciado, ABB e Vulcan vão combinar expertises e tecnologias para tirar do papel a primeira fase do projeto, que consiste na implantação de uma usina de eletricidade geotérmica, gerada com o calor do subsolo, peça central no objetivo de extrair e beneficiar lítio no local sem o uso de combustíveis fósseis. De acordo com as empresas, a ABB vai colaborar com a Vulcan para conceber, otimizar e consolidar projetos de eletrificação e automação para os processos de extração, beneficiamento e produção de energia na planta. A empresa também vai se envolver nas tratativas com os demais parceiros e provedores de tecnologias recrutados para o projeto.

“A associação da ABB com a Vulcan oferece perspectivas empolgantes porque, se conjugadas, nossas abordagens, expertises e tecnologias têm potencial de impactar a produção de baterias para usos industriais e domésticos”, afirmou em comunicado Michael Marti, diretor global da Divisão de Growth Industries, da ABB. “A ação tomada hoje visa garantir oferta de energia estável e segura ao longo da década de 2030.”

No texto, reforçando a importância da parceria, as empresas destacaram que a meta da União Europeia de somente comercializar veículos elétricos a partir de 2035 vai multiplicar a demanda por lítio no continente em mais de 50 vezes até o ano de 2050, em relação à atual. Além de usar a eletricidade renovável para produzir lítio, a Vulcan também pretende disponibilizar energia e aquecimento da futura usina para as comunidades do entorno da extração. O projeto é o maior do tipo já anunciado na Europa, segundo a organização.