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Anvisa proíbe gordura trans em manteigas e margarinas; veja lista e marcas

Algumas marcas de manteiga e margarina foram afetadas por usarem em sua composição uma gordura trans específica, mas nenhuma delas foi proibida de ser vendida. Entenda o que aconteceu

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de março de 2022 uma decisão sobre a restrição do uso de gordura trans em alguns alimentos. 

Leia a resolução completa.

Algumas marcas de manteiga e margarina foram afetadas por usarem em sua composição a gordura trans em questão, mas nenhuma delas foi proibida de ser vendida. 

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A substância muito utilizada é prejudicial e pode trazer certos riscos para a saúde se consumida a longa prazo. É importante se atentar na hora de comprar esses produtos e verificar se há alguma irregularidade.

Ao longo dos anos é comum que a vigilância sanitária intervenha em diversas situações, ainda mais com o que faz mal aos consumidores. Muitas vezes algumas coisas saem de vendas, são proibidas e assim os fornecedores precisam se adequar as novas normas.

Em dezembro de 2019, Anvisa aprovou a eliminação total da gordura trans dos alimentos industrializados no Brasil. As empresas tinham até 2021 para reduzir sua utilização e a partir de janeiro de 2023 dar fim em definitivo a ela.

Essa substância, desconhecida para alguns, é encarregada de prolongar a validade do produto, gerando-se por meio de uma reação química. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sua exclusão potencializaria a diminuição de 500 mil mortes anuais no Brasil.

PERIGOS DE CONSUMIR GORDURA TRANS

Em estudo publicado em novembro de 2019, na revista Neurology, por Honda et al., foi demonstrada correlação entre o consumo diário de gorduras trans e um maior risco para o desenvolvimento de demência e da placa aterosclerótica (placa de gordura em vasos sanguíneos).

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Tanto a Anvisa quanto o FDA (agência responsável pela regulamentação de comidas e drogas nos Estados Unidos) vêm, cada vez mais, fechando o cerco quando o assunto é gordura trans.

Ambas as agências recomendam o consumo zero deste tipo de gordura e constantemente criam mais barreiras para as indústrias responsáveis pela produção.

PRINCIPAIS ALIMENTOS COM GORDURA TRANS

• Margarinas;

• Sorvetes cremosos;

• Biscoitos;

• Bolos;

• Tortas;

• Pães;

• Salgadinhos;

• Pipoca de micro-ondas;

• Bombons;

e tudo mais que contenha gordura hidrogenada, são fontes de gordura trans.

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CONTAMINAÇÃO: ANVISA RETIRA 5 MARCAS DE LEITE DOS MERCADOS POR BACTÉRIA

Decisão foi tomada após 4 hospitalizações de bebês com menos de 6 meses e 1 óbito devido à contaminação por uma bactéria perigosa no leite em 2022

Foto: Reprodução/Freepik - @fabrikasimf

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de 5 marcas de leite devido à contaminação por uma bactéria perigosa em 2022. Essa decisão foi tomada após 4 hospitalizações de bebês com menos de 6 meses e 1 óbito.

O leite é nutritivo e pode ser consumido de várias formas. Ele é um ingrediente comum em produtos como fórmulas infantis, destinadas a recém-nascidos e bebês que não podem ser amamentados por algum motivo. No entanto, ainda assim, as marcas precisaram ser retiradas do mercado.

Esses produtos, embora não sejam 100% leite, fazem parte de formulações para crianças e bebês. A Anvisa determinou a retirada dos supermercados das seguintes marcas de produtos infantis em pó:

• Human Milk Fortifier;

• Similac PM 60/40;

• Similac;

• Alimentum

• EleCare, da empresa Abbott Nutrition.

De acordo com informações da Anvisa divulgadas ao G1, os lotes afetados começavam com os dois primeiros dígitos entre 22 e 37, contendo as letras K8, SH ou Z2, com data de validade a partir de 1º de abril de 2022.

Embora não tenha sido confirmada a contaminação dos produtos no Brasil, por medida preventiva, todos foram proibidos de serem importados, comercializados e distribuídos.

Os lotes foram fabricados na cidade de Sturgis, nos Estados Unidos, segundo o TV Foco. A ação da Anvisa fez parte de um alerta internacional após quatro casos de internações de bebês com menos de 6 meses, e uma morte, associados ao consumo dessas fórmulas, em março de 2022.

Foto: Reprodução/TV Foco

Durante uma inspeção na fábrica em Sturgis, foi identificada a presença de uma bactéria nociva nas áreas de produção das fórmulas infantis em pó. Por precaução, os produtos foram retirados das prateleiras dos mercados, devido aos riscos.

De acordo com a Anvisa, três dos bebês afetados pela contaminação apresentaram infecções causadas pela bactéria Cronobacter sakazakii.

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Uma investigação conduzida pela Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulador dos EUA, revelou a presença dessa bactéria na fábrica, que pode causar doenças graves transmitidas por alimentos, especialmente em bebês.

Segundo o TV Foco, até o momento, não houve nota oficial, declaração ou pronunciamento da empresa responsável sobre o incidente. No entanto, o espaço permanece aberto para que a mesma possa expor sua versão dos fatos.

Atualmente, em 2024, os consumidores podem confiar na segurança dos produtos, uma vez que a questão foi devidamente tratada e os lotes contaminados foram retirados de circulação. A situação está normalizada.

*Com informações de TV Foco, O Globo, G1.

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