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Casagrande defende resiliência para enfrentar mudanças climáticas

O governador do ES apontou os desafios enfrentados no processo, como a escassez de recursos e a necessidade de coordenação entre diferentes níveis de governo

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), participou, nesta terça-feira (23), do painel “As necessidades de adaptação e os custos sociais e econômicos da inação”, no encontro do G20 no Rio de Janeiro, onde defendeu a importância da resiliência como estratégia fundamental dos estados e municípios para enfrentar as mudanças climáticas. 

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O painel integrou o evento que teve como tema "Os impactos das mudanças climáticas: como escalar o financiamento para adaptação e construir cidades resilientes". 

O encontro contou com a participação de 23 autoridades internacionais, líderes econômicos e políticos, além da sociedade civil.

Análise de práticas públicas

Durante o painel, o governador apresentou uma análise das melhores práticas públicas, utilizando exemplos concretos de cidades que implementaram com sucesso medidas de resiliência, destacando as políticas inovadoras e as soluções práticas adotadas, que podem servir de modelo para outras regiões. 

A resiliência, um conceito amplamente estudado na Psicologia, refere-se à habilidade de uma pessoa de enfrentar problemas e mudanças, superar desafios mantendo o equilíbrio e alcançar seus objetivos.

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O governador apontou os principais desafios enfrentados no processo, como a escassez de recursos e a necessidade de coordenação entre diferentes níveis de governo, e as ações positivas realizadas para superá-los.

“Cada um de nós, governadores, prefeitos, em parceria com as entidades e instituições públicas, passamos a incentivar para que cada governo pudesse construir seus planos de controle, mitigação e adaptação as mudanças climáticas”, ressaltou. 

Casagrande destacou a importância do Consórcio Brasil Verde para fortalecer as ações em conjunto para atingir até o ano de 2050 as metas de neutralidade de carbono previstas no Acordo de Paris.

“Com o afastamento de alguns governantes sobre o tema, os entes subnacionais passaram a ter um papel central no assunto em diversos países do mundo, como nos Estados Unidos e aqui no Brasil. Entendemos que as metas negociadas pelo País não se referem apenas ao governo central, mas devem ser observadas por cada um de nós – governadores, prefeitos, entidades e a sociedade como um todo. E o Consórcio Brasil Verde, no qual presido, está incentivando para que cada governo estadual e municipal possa construir seus planos de mudanças climáticas, mitigação e adaptação”, disse.

O governador citou que o Espírito Santo é hoje um dos estados que mais investe em obras de adaptação às mudanças climáticas, por meio do Fundo Cidades. Desde a sua criação, já foram realizados mais de R$ 350 milhões em obras e a previsão é ultrapassar R$ 1 bilhão até o final de 2026.

Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES

Casagrande explicou ainda que o Estado conta com um Plano de Descarbonização e Neutralização de Gases de Efeito Estufa que faz parte do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas. 

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O evento desta terça-feira foi uma realização em conjunto do Instituto Clima e Sociedade (iCS), CNSeg- Brasil Confederação de Seguros, Instituto Itaúsa, Prefeitura do Rio de Janeiro, Clima Iniciativa Política (CPI)/CCFLA, Conselho Atlântico, Coalition for Disaster Resilient Infrastructure (CDRI), Ministério das Cidades, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Consórcio Brasil Verde e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces).

Sustentabilidade deve dominar discussões do G20

O tema da sustentabilidade deve dominar as discussões do G20 em novembro deste ano, no Rio de Janeiro. 

Sob o lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável” os países-membros, que reúnem 80% do PIB da economia mundial, debaterão a transição energética, o desenvolvimento sustentável justo (com ênfase no combate à fome, à pobreza e à desigualdade) e a reforma das instituições multilaterais.

O G20 é o fórum de cooperação econômica das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e, desde 2023, a União Africana. 

Com presidência anual rotativa, o G20 é realizado em ciclos de um ano, com diversos encontros ministeriais e técnicos que culminam na cúpula de chefes de Estado e de governo. No Brasil, a cúpula do G20 será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

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