Dino (divulgador de notícias)

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Especialista aponta cuidados para evitar fraudes on-line

Uma importante alternativa para dificultar a ação dos fraudadores é usar senhas fortes e trocá-las periodicamente

Foto: Divulgação/DINO

No final do mês de junho o “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024” mostrou que quatro em cada 10 pessoas no Brasil já sofreram algum tipo de fraude e que 57% delas tiveram uma média de perda financeira de R$ 2.288,00, quase um mês e meio de trabalho de quem ganha um salário mínimo.

Os tipos de golpes mais relatados no relatório foram: 1) uso de cartões de crédito por terceiros ou cartão falsificado, com 39%; fraude financeira através de pagamento de boleto falso ou PIX, com 32%; comunicação fraudulenta que aparenta fonte confiável, popularmente conhecida por pishing teve 21%; e invasão de contas de redes sociais ou de bancos roubada, com 15%.

“Uma importante alternativa para dificultar a ação dos fraudadores na invasão aos e-mails, redes sociais e aplicativos de bancos e outros serviços financeiros é usar senhas fortes e trocá-las periodicamente”, alerta Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.

Percebendo compras não reconhecidas no cartão de crédito ou um empréstimo, a pessoa deve procurar imediatamente a instituição financeira. Caso seja observado que a segurança do computador ou outro dispositivo eletrônico também foi corrompida, é necessário buscar uma assistência especializada.

Das quatro em cada 10 pessoas que sofreram algum tipo de fraude, o percentual cresce mais na classe B, onde o mesmo índice atinge 46%; e diminui na classe C, que apresenta índice de 35%. Para a Serasa Experian, empresa responsável pela pesquisa, os criminosos visam brasileiros com maior poder aquisitivo para ampliar seus ganhos, mas a fraude ocorre em qualquer faixa de renda.

Quando se observa as diferenças do índice por faixa etária, o “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024” mostra que os 50+ aparecem com o maior índice de fraude, atingindo 48% do total. Não há diferenças significativas entre as regiões do Brasil, mas há um índice maior de vítimas no interior com 46%, do que nas capitais e regiões metropolitanas, com 40% do total dos casos.

Já para as empresas, o “Relatório de Identidade Digital e Fraudes 2024” mostrou que 58% delas afirmam que a preocupação com esse tópico aumentou entre 2022 e 2024. A alta foi ainda maior na visão por portes: com as grandes empresas, esse índice sobe para 68%.

As grandes empresas, aliás, são as mais conscientes sobre a importância da prevenção contra criminosos: “Proteção de Operações Fraudulentas”, em 2024, foi o segundo foco com 35%, perdendo apenas para “Conquistar Mais Clientes”, com 45%.

“Em relação ao crescimento geral da preocupação sobre fraudes, o levantamento indicou que houve impacto na previsão orçamentária das empresas entrevistadas, mudando a prioridade dos gastos com fraude do quinto lugar em 2022 para o terceiro em 2024”, diz Salim.

Ao sofrerem algum tipo de tentativa de fraude, as empresas demonstraram preocupação com questões relacionadas à segurança da informação, principalmente, ao “Vazamento de Dados de Clientes” (49%) e “Perdas Financeiras” (48%), seguidos por “Vazamento de Dados Próprios” (39%), “Inadimplência” (35%), “Roubo de Informações Estratégicas” (34%), “Fraude de Identidade” (28%) e, por último, a “Perda de mercadorias” (16%).

Para se prevenirem das fraudes, a pesquisa revelou, ainda, que as empresas consideram as camadas essenciais de proteção, sendo as principais “Análise de Documentos” (49%), “Análise de Score de Clientes” (36%), “Análise de Score das Empresas” (28%), “Análise de operações de cartões de crédito” (22%) e “Análise de Dispositivos” (19%).

De acordo com dados do estudo, após sofrer uma fraude, 87% dos respondentes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, aumentam a preocupação com o tema relacionado aos golpes. O percentual vai para 91% quando considerado o recorte de pessoas que tiveram perda financeira.

Evitar usar a mesma senha para todos os sites e aplicativos, além de números sequenciais como “123456”, datas de nascimento, nomes de familiares e outras informações que podem ser facilmente descobertas também é uma importante alternativa.

“Se possível, crie uma senha que combine letras maiúsculas e minúsculas, caracteres especiais, como travessão, arroba e asterisco, e números”, finaliza Salim.

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