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Estudantes realizam protesto contra fechamento de RU da Ufes

A manifestação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e contou com a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE)

Maria Clara Leitão , Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
Foto: Gabriel Barros/ Folha Vitória

Após dez dias do fechamento do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para manutenções, estudantes realizaram um protesto no campus de Goiabeiras durante a tarde desta quinta-feira (25), para que as aulas sejam suspensas até o restabelecimento dos serviços no RU. 

A manifestação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e contou com a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE), que realizaram uma feira solidária para que os estudantes se alimentassem com frutas, verduras e legumes para complementar a alimentação.

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"Hoje realizamos um ato político na frente do RU, onde arrecadamos diversas doações e fizemos uma feira solidária que disponibilizou alimentos saudáveis para os estudantes. Disponibilizamos de graça os alimentos para os estudantes, além de um grande café da manhã, porque o mote é que sem comida, não tem aula", informou o diretor de Direitos Humanos da UNE, Emanuel Couto. 

Com o fechamento do RU, a Ufes começou uma distribuição de marmitas para os alunos, nos períodos de almoço e jantar. 

Uma aluna relatou que a qualidade das refeições distribuídas pela universidade foi alvo de críticas por diversos estudantes, que afirmaram terem consumido alimentos azedos e estragados, tendo alguns deles, inclusive, chegado a passar mal. 

Na última sexta-feira (19), a Ufes informou que a distribuição de marmitas havia sido cancelada uma vez que a empresa contratada para fornecer refeições no campus apresentou desistência.

Como medida compensatória, os estudantes assistidos pelo Programa de Assistência Estudantil (Proaes/Ufes) que haviam agendado a retirada de refeições receberiam um auxílio-alimentação emergencial no valor de R$ 20, posteriormente reajustado para R$ 30. 

De acordo com Emanuel, houve outras manifestações durante a semana, que foram movimentadas pelos próprios estudantes. Segundo ele, as soluções oferecidas pela reitoria da universidade não se mostraram eficazes para sanar as necessidades de muitos alunos. 

"Não tem como estudar com fome, é muito complicado. Tem gente que depende do RU como principal ferramenta de permanência na universidade. A reitoria ficou um pouco atrasada nos prazos e as soluções apresentadas não foram eficazes, e os estudantes resolveram se mobilizar", disse. 

Na noite desta quarta-feira, o DCE convocou uma uma nova plenária junto aos estudantes, que teve início no pátio da reitoria às 19h. 

Na última terça-feira (23), a Ufes anunciou que não haveria  alteração no fornecimento de marmitas para os campi de Maruípe e de São Mateus.

Funcionamento do RU será restabelecido na próxima semana, afirma a Ufes

No dia 23, a Ufes informou que  a previsão é de que o atendimento seja normalizado nos Restaurantes Universitários é a próxima semana. 

Na mesma publicação, a Ufes informou que os RUs dos campi entraram em período de manutenção no dia 15. Essas manutenções ocorrem anualmente no período de recesso acadêmico, que seria o início de julho, mas que precisou ser adiada pela greve os servidores docentes e técnico-administrativos.

"Os RUs dos campi da Ufes entraram em período de manutenção no último dia 15, em atividade programada anualmente para ocorrer no período de recesso acadêmico, que teria início neste mês de julho. No entanto, em função da greve dos servidores docentes e técnico-administrativos, e da necessidade de reformulação do calendário acadêmico, que alterou a data do recesso, a manutenção coincidiu com o período em que as atividades acadêmicas ainda estão sendo realizadas", informou a Ufes. 

Segundo a Ufes, a gestão da Universidade tem ciência dos protestos realizados, mas informa que não há decisão da Administração Central para a suspensão de aulas.

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