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Ex-funcionária de banco no ES é denunciada após desvio de quase R$ 75 mil

Mulher é suspeita de desviar, entre 2018 e 2020, recursos de crédito destinado a produtores rurais

Redação Folha Vitória

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ex-funcionária de uma agência do Banco do Brasil, em Colatina, no Norte do Espírito Santo, foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF). 

A mulher, que não teve o nome divulgado, é suspeita de desviar recursos de crédito destinado a produtores rurais beneficiados pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

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De acordo com o MPF, a ex-funcionária teria inserido dados falsos no sistema do banco para aumentar o valor do empréstimo liberado para os clientes. Em seguida, ela desviava a diferença entre o que foi contratado e o valor efetivamente recebido pelos produtores rurais. O dinheiro ia para conta de terceiros, que sacavam o valor em espécie e entregavam para a denunciada.

Segundo as investigações, entre outubro de 2018 e janeiro de 2020, a mulher teria usado a condição de empregada pública para alterar 19 contratos, fazendo liberação indevida de valores. 

O total dos desvios foi calculado em R$ 74.949,00. Os recursos foram enviados para a conta de outras 11 pessoas, que fizeram os saques e entregaram o dinheiro para a funcionária.

Os depoimentos prestados durante a investigação comprovam que as pessoas que cederam suas contas para que fossem feitos depósitos de dinheiros em quantias relevantes – entre R$ 1 mil e R$ 10 mil –, sabiam, desde o princípio, que tinham que fazer o dinheiro “retornar” para a denunciada.

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A empregada pública foi alvo de um procedimento administrativo disciplinar no Banco do Brasil, ocasião em que confessou as fraudes. O mesmo foi dito pela ex-funcionária em depoimento à Polícia Federal durante as investigações do caso.

Na denúncia, o procurador da República do MPF no Espírito Santo Julio de Castilhos pede que a denunciada responda pelos crimes de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações, peculato e lavagem de dinheiro. Requer ainda que o valor mínimo para reparação dos danos causados aos cofres federais seja fixado em R$ 74.949,00.

A reportagem procurou o Banco do Brasil e aguarda um posicionamento sobre o ocorrido.

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