Sindicato vai à Justiça para impedir fechamentos de ruas e pontes em protesto contra Dilma no Estado
Para Sindicomerciários, o pedido judicial visa garantir o direito de ir e vir da população. “Pensamos nos funcionários que trabalham nos shoppings e precisam ir e voltar do trabalho”
O Sindicato dos Comerciários capixaba entrará, nos próximos dias, com um ofício junto ao Ministério Público para impedir que os manifestantes do movimento contra o governo fechem ruas e bloqueie a passagem de veículos em alguns trechos da Grande Vitória no próximo domingo (16), data marcada para um protesto de nível nacional.
Segundo o presidente do Sindicomerciários, Jakson Andrade Silva, o pedido judicial visa garantir o direito de ir e vir da população e a não obstrução das vias.
“Pensamos nos funcionários que trabalham nos shoppings e precisam ir e voltar do trabalho no mesmo horário das manifestações”, frisou o sindicalista, que lembrou também a proibição de bloqueios nas ruas durante as manifestações da CUT contra a aprovação da PL da terceirização, em maio: “Os sindicatos não puderam fechar nenhuma via, sob pena de pagar uma multa de R$ 200 mil; só queremos regras iguais”.
Para um dos viabilizadores da ação de domingo, Darcio Bracarence, o protesto não cerceará o direito a transitar de nenhum cidadão capixaba. “O local de encontro do protesto é a Praça do Papa, local longe de ruas ou de comércio, justamente para não atrapalhar o tráfego”, explicou.
A manifestação ocorrerá a partir das 15 horas e pretende reunir a parte da população que “está indignada com as contas mais caras, com o desemprego, as fraudes. É o grito de quem já está cansado”, explicou Darcio.
Em março, um protesto semelhante reuniu mais de 100 mil capixabas na Praça do Papa. Quando perguntado sobre a expectativa de público para a próxima manifestação, o organizador utilizou a mesma regra que a presidente Dilma quanto ao Pronatec. “Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta”, brincou Bracarence.