Sem ônibus, passageiros registram viagens por aplicativo quatro vezes mais caras
Com a paralisação dos coletivos nesta segunda-feira (12), usuários chegaram a registrar um valor de R$ 272,02
Com a paralisação dos rodoviários, o morador da Grande Vitória, que depende de transporte público, precisou recorrer a outros meios. Uma das opções é a viagem por carros de aplicativo, porém, com a alta demanda, passageiros registraram alta de mais de 400% nos preços das corridas.
Uma corrida do centro de Viana até o centro da Serra, segundo a calculadora de preços de uma empresa de aplicativo, tem a tarifa média aproximada de R$ 60. Porém, na manhã desta segunda-feira (12), passageiros registraram preços de até R$ 272.
O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Espírito Santo (Amapes), Luiz Fernando Muller, explicou que a tarifa de preços é estabelecida por tabela pelas empresas. O chamado "preço dinâmico", acontece quando há alta demanda e poucos carros de aplicativo no local em que a pessoa solicita a corrida. "Depende de onde a pessoa está. Às vezes, uma rua de distância pode alterar bastante o preço da corrida", disse.
O advogado especialista em direito do consumidor, Karison Pimentel, disse que não existe um preço máximo para uma corrida, nem uma taxa de preço dinâmico que pode ser considerada abusiva. Segundo o advogado, o valor estabelecido pela lógica de mercado. Quanto maior a demanda, maior o valor que será cobrado pelo serviço.
O advogado pontuou que a única prática ilegal acontece quando as empresas não informam o preço que o passageiro deve pagar. Segundo ele, o único direito do passageiro, nesse caso, é saber o valor da corrida solicitada.