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Atividades interdisciplinares ajudam no tratamento do TEA

Coordenadora clínica afirma que a intervenção requer uma abordagem multiprofissional, que propicie soluções eficientes e inovadoras para garantir a integralidade do cuidado da pessoa com autismo

Foto: Divulgação/DINO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento, caracterizado por dificuldades importantes na interação social, aquisição e funcionalidade da linguagem, além de comportamento restritivo com atividades repetitivas e estereotipadas. Um levantamento publicado pela revista ‘Contribuciones a las Ciencias Sociales’ destaca que a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) tem sido uma das estratégias mais estudadas e aplicadas para a intervenção no autismo.

De acordo com a revista, essa ciência tem se mostrado eficaz na melhoria de habilidades sociais, de linguagem, habilidades acadêmicas, habilidades adaptativas e redução de comportamentos desafiadores em indivíduos com TEA. Segundo a coordenadora de clínica do Instituto TEA, Júlia Davanço Fernandes, para que as intervenções ocorram de forma integrada e colaborativa, “é de extrema importância que a equipe de profissionais promova o alinhamento dos objetivos que devem ser alcançados”.

Para ela, as avaliações e evoluções realizadas devem ser compartilhadas para uma compreensão ampla do paciente e tomada de decisões que possam contribuir com o desenvolvimento e bem-estar do indivíduo. “Por meio dessa prática de trabalho, profissionais das diversas áreas como psicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, efetuam o planejamento das intervenções de forma integrada, permitindo uma compreensão maior acerca do caso e suas complexidades”, explica Fernandes.

Fernandes ressalta que por meio da terapia ABA, e contando com o auxílio de especialistas de diferentes áreas, “é possível oferecer um atendimento individualizado às pessoas com transtorno do espectro autista para que se desenvolvam e socializem com a comunidade em que vivem, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar aos indivíduos, assim como para suas famílias”.

“O trabalho interdisciplinar é fundamental para o desenvolvimento do autista. Quanto antes o diagnóstico for feito para o início das intervenções, maiores serão as chances de aprendizado, tendo em vista a maior neuroplasticidade na infância. Dessa forma, contribuindo para uma maior qualidade de vida do autista e de sua família”, explica. “Além disso, ter várias especializações trabalhando de forma integrada potencializa o desenvolvimento, visto que as contribuições de diversas áreas em conjunto podem assistir ao indivíduo de forma integrada em suas necessidades”, complementa.

Recentemente o Ministério da Saúde incluiu o tratamento do Transtorno do Espectro Autista na Política Nacional da Pessoa com Deficiência. A Pasta vai investir mais de R$ 540 milhões na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, com aporte de 20% para o cuidado com pessoas autistas.

Além disso, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados acaba de aprovar o Projeto de Lei 226/22, que substitui, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a expressão ‘transtornos globais do desenvolvimento’ por ‘transtorno do espectro autista’. A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, é preciso ser aprovada pelo Senado.

Para saber mais, basta acessar: https://institutotea.com.br/

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