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Estudo aponta dados da indústria da construção

O relatório apontou que a atividade no setor apresentou estabilidade, com o índice que mede o nível de atividade avançando 2,0 pontos, de 47,9 em maio para 49,9 pontos em junho.

Foto: Divulgação/DINO

De acordo com um estudo divulgado no Portal da Indústria, chamado Sondagem Indústria da Construção de junho de 2024, a atividade no setor apresentou estabilidade, com o índice que mede o nível de atividade avançando 2,0 pontos, de 47,9 em maio para 49,9 pontos em junho. Segundo o relatório, este resultado é interpretado como uma estabilidade na atividade industrial em relação ao mês anterior, já que o índice se manteve próximo à linha divisória dos 50 pontos, a qual separa crescimento de retração. Ainda sobre o estudo, a estabilidade registrada é superior à média histórica para o mês de junho, que é de 44,1 pontos, indicando um desempenho acima do usual para o período.

Conforme informado na publicação, o índice de evolução do número de empregados na construção ficou em 48,8 pontos em junho de 2024, levemente abaixo dos 49,0 pontos registrados em maio. Este resultado sugere que o emprego no setor continuou em queda, ainda que em menor magnitude, comparado aos meses anteriores. Apesar de estar abaixo dos 50 pontos, o índice de junho foi superior à média histórica para o mês, que é de 42,7 pontos, sugerindo que a redução no emprego foi menos acentuada do que o usual.

O relatório aponta que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) no setor da construção caiu 1 ponto percentual, passando de 69% em maio para 68% em junho de 2024. Apesar da queda, o índice de UCO ainda é superior aos registrados nos meses de junho de 2023 e 2022, que foram de 67%. Esse indicador reflete uma ligeira redução na atividade produtiva, embora o nível permaneça elevado em comparação com anos anteriores, indicando que a capacidade instalada ainda está sendo utilizada em grande parte.

Segundo a pesquisa, a percepção dos empresários quanto aos problemas enfrentados pelo setor da construção destacou a elevada carga tributária e a dificuldade de encontrar mão de obra, especialmente a não qualificada. A carga tributária foi apontada como o principal obstáculo, com 28,3% das menções, seguida pela falta ou alto custo de trabalhadores não qualificados, que representaram 24,7% das respostas.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locadores de equipamentos Trans Obra, afirmou que é possível vislumbrar um futuro onde o setor da construção precisará focar em estratégias para superar esses desafios, como a busca por soluções inovadoras para a formação de mão de obra e a adaptação a um ambiente tributário complexo. “Os dados sugerem que, apesar da estabilidade na atividade, o setor continua enfrentando barreiras estruturais que podem limitar seu crescimento futuro”.

Ainda sobre o relatório, além desses desafios, a sondagem revelou que o índice de satisfação com as condições financeiras, incluindo a margem de lucro operacional e a situação financeira geral, continua baixo, embora tenha apresentado um avanço. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional subiu para 45,6 pontos, e a satisfação com a situação financeira chegou a 48,7 pontos, ambos ainda abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica insatisfação persistente entre os empresários do setor.

Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que é justamente nesse cenário que as empresas precisam trabalhar focadas em melhorar os resultados num futuro próximo. José continuou dizendo que esses investimentos não se limitam apenas às operações tradicionais, mas se estendem também ao setor de locação e aluguel de gerador de energia, um segmento importante para a continuidade de diversas atividades econômicas. “Pensar em inovações tecnológicas e na capacitação de profissionais, como foi feito na Transobra, não apenas resolve os desafios atuais, mas também posiciona a empresa que pensa desta forma, como líder na preparação para o futuro, garantindo eficiência e sustentabilidade em suas operações”.