Dino (divulgador de notícias)

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Negócios com consórcios passam R$ 200 bi e adesões 2,5 mi

Em julho, participantes ativos crescem 9,1% e atingem 10,70 milhões, enquanto aquisições reais confirmam a importância dos consórcios nas vendas internas, segundo registros da B3

Foto: Divulgação/DINO

No encerramento do sétimo mês do ano, com dados levantados pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, o sistema de consórcios atingiu R$ 201,65 bilhões em negócios realizados de janeiro a julho. Foram 13,2% de crescimento sobre os R$ 178,19 bilhões anotados no mesmo período de 2023.

As vendas, que geraram o volume de negócios, acumularam 2,50 milhões de cotas nos sete meses de 2024, 4,2% de aumento sobre as 2,40 milhões comercializadas naqueles meses do ano passado.

O total de adesões foram resultados da soma de 1,01 milhão em veículos leves; 764,26 mil em motocicletas; 503,19 mil em imóveis; 133,46 mil em veículos pesados, 54,68 mil em eletroeletrônicos; e 30,65 mil em serviços.

Ao comparar os 10,70 milhões de participantes ativos de julho último com o mesmo mês do ano passado, observou-se um avanço de 9,1% sobre 9,81 milhões de um ano antes.

No mês de julho, a adesão de mais consorciados com tíquetes menores provocou uma retração do valor em relação ao do ano passado. O tíquete médio do sistema de consórcios em julho atingiu a R$ 78,69 mil, 6,6% menor que os R$ 84,25 mil anotados anteriormente em 2023.

Nos sete meses, a somatória de consorciados contemplados resultou em 985,91 mil, 4,5% superior às 943,30 mil, apontadas naqueles meses do ano passado. O volume proporcionou evolução nas liberações de créditos para potenciais aquisições em todos os setores.

A concessão de créditos para os consorciados contemplados totalizou R$ 55,89 bilhões, potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais a modalidade está presente, 17,3% superior aos anteriores R$ 47,65 bilhões.

“Ao iniciar o segundo semestre, o sistema de consórcios seguiu mostrando o mesmo desempenho dos primeiros seis meses", comenta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. "Mesmo sendo um mês de férias escolares, houve avanços em cinco indicadores, com exceção do tíquete médio, sinalizando boas perspectivas para os próximos meses. Ao acompanhar a evolução dos segmentos nos quais está presente, o consórcio comprova sua importância para a economia brasileira, como pode ser examinada nos registros divulgados a partir de cálculos levantados internamente na ABAC considerando os dados da B3”, completa.

Os consórcios nos elos da cadeia produtiva

Os consórcios estão em setores como o de duas rodas que, somente nos sete meses de contemplações, apontou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a possível presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país. Outro exemplo de atuação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde o mecanismo anotou a potencialidade de uma a cada três comercializações de caminhões no mercado automotivo.

No primeiro semestre, o segmento imobiliário apresentou 19,4% de contemplações em potenciais participações no total de 307,20 mil imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente houve um imóvel por consórcio a cada cinco comercializados.

Aquisições reais confirmam a importância dos consórcios nas vendas internas

De acordo com dados calculados pela assessoria econômica da ABAC considerando os dados citados no site da B3 até julho deste ano, os percentuais de aquisição de veículos automotores realizados via consórcio confirmaram a importância do mecanismo nas vendas no mercado interno, nos sete primeiros meses deste ano.

No segmento de veículos leves, observou-se que, do total geral, 8,1% foram realizados com créditos concedidos por contemplações, enquanto 91,9% originaram-se dos financiamentos.

Na divisão entre novos e usados, verificou-se que 9,1% dos veículos zero km foram via consórcio, enquanto 90,9% foram por financiamentos. Nos seminovos, houve 7,9% pelo consórcio e 92,1% por financiamentos.

No segmento das duas rodas, notou-se que, do volume comercializado no mercado nacional, 26,0% foram utilizados a partir de créditos concedidos por consórcio, e 74,0% provenientes de financiamentos.

Ao separar em novas e usadas, 32,5% estiveram nas motos zero via consórcio e 67,5% foram por financiamentos. Nas seminovas, houve 7,9% pela modalidade consorcial e 92,1% por financiamentos.

No segmento dos veículos pesados, os caminhões mostraram que do total vendido internamente, 10,3% foram com uso de créditos liberados por consórcio e 89,7% procedentes de financiamentos.

Na separação entre novos e usados, houve 8,2% de caminhões zero comercializados via consórcio e 91,8% por financiamentos. Os seminovos somaram 11,9% via Sistema de Consórcio, enquanto 88,1% foram por financiamentos.

Ainda em veículos pesados, os implementos rodoviários totalizaram 18,6% de vendas pelo consórcio e 81,4% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.

Na análise entre novos e usados, houve 17,2% de semirreboques zero via consórcio e 82,8% pelos vários tipos de financiamento. Paralelamente, os seminovos atingiram 21,1% pelas contemplações e 78,9% por empréstimos variados.

Perspectivas 

“A sequência de bons resultados constatados de janeiro a julho, permite projetar bom desempenho para o sistema de consórcios. Suas características e peculiaridades únicas sugerem crescimento, mês após mês, sempre tendo como base o planejamento financeiro que cada vez mais faz parte da vida do brasileiro”, completa Rossi.


 

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