Como tratar infecção urinária na gravidez
Dor ou queimação ao fazer xixi, febre, sensação alternada de calor e frio, vontade frequente e incontrolável de ir ao banheiro, urina com cheiro forte são alguns indícios do problema
Logo no início da gravidez do Matheus, hoje com sete anos, a contabilista Danyelle Capeletto começou a sentir dor nas costas e a ardência ao urinar. O exame de cultura de urina constatou: infecção urinária. “Quando comecei a sentir os sintomas, já procurei logo minha médica, aí foi só o tempo da cultura de urina ficar pronta para saber a quais antibióticos a bactéria era resistente para entrar com tratamento. Foram 10 dias tomando o antibiótico, mas no terceiro dia de medicação já senti alívio", conta.
Danyelle não está sozinha nesse quadro de infecção do trato urinário na gravidez. O problema atinge cerca de 20% das mulheres durante a gestação. Isso porque a gravidez deixa as mulheres mais suscetíveis a essas infecções, já que os hormônios da gestação afrouxam os músculos nos rins e no ureter, reduzindo, assim, o fluxo de urina dos rins para a bexiga, o que dá mais tempo para as bactérias se multiplicarem antes de serem eliminadas.
Os sintomas são os mesmos que as infecções em não-gestantes: dor ou queimação ao fazer xixi, dor na pelve, no baixo ventre, febre, sensação alternada de calor e frio, náusea e vômitos, vontade frequente e incontrolável de ir ao banheiro, urina com cheiro forte, sangue e/ou na urina e dor durante a relação sexual.
Quando a infecção urinária aparece durante a gravidez, geralmente o tratamento é feito com antibióticos. O médico vai pedir um exame de cultura da urina para identificar o tipo de bactéria que está causando o problema e prescrever a medicação adequada. O mais importante é a gestante falar com seu ginecologista assim que perceber qualquer sinal de uma infecção. Quando tratado a tempo, o problema rapidamente é resolvido. A demora no tratamento pode levar a uma infecção nos rins, o que, por sua vez, pode causar um parto prematuro.