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Dois cães morrem durante ataque de abelhas em quintal de casa em Guarapari

Câmeras de vigilância da residência registraram a ação, ocorrida na última quarta-feira, na Praia do Morro. Cuidador dos cães não estava em casa

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Dois cachorros morreram em Guarapari após serem atacados por dezenas de abelhas. Os animais estavam no quintal de casa, na Praia do Morro, quando começou o ataque.

Câmeras de vigilância da residência registraram a ação, ocorrida na última quarta-feira (22). As imagens mostram que quatro cães começam a se agitar no quintal, mas no início não dá para perceber bem o motivo. 

No entanto, as abelhas passam perto da câmera e revelam o porquê da inquietude. No momento, o cuidador não está em casa e, quando chega, já é tarde. Dois cachorros não sobreviveram: Suzy, da raça rottweiler, e Bob.

"Tomaram, eu acho, mais de 20 ou 30 ferroadas. Ele encontrou ela já vomitando, evacuando sangue. Ela já estava muito mal, a rottweiler. E aí chegou ontem de manhã, os veterinários ligaram falando que, infelizmente, ela não resistiu e veio a falecer. E aí depois também entraram em contato com ele, falando que encontraram o Bob perto da casa dele, mas só que ele também já estava morto", contou a analista de prevenção a fraudes, Thaís Pacheco.

Foto: Reprodução/Videomonitoramento

Thaís e o ex-namorado são os tutores dos cães. Para ela, agora ficarão as lembranças. "A gente abria o portão e ela já vinha abraçando a gente, não queria deixar deixar a gente andar, só queria abraçar a gente", lembra.

A médica veterinária Adrienne Lanis analisou as imagens e indica o que pode ter acontecido. 

"Como foram várias abelhas, dá para ver que pica um animal, outro e volta a picar o mesmo animal. As consequências são mais sérias. Pode causar um choque anafilático e pode causar uma lesão muito séria nos rins também. Os animais têm que continuar em observação, os que sobreviveram, porque causa uma hemólise muito grande, pode causar anemia e até uma insuficiência renal aguda", destacou.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não chegou a ir ao local, porque, ao mesmo tempo, outras nove ocorrências foram registradas por causa do vendaval que atingiu o Espírito Santo nesta semana.

O Centro de Zoonoses de Guarapari fez uma vistoria, mas não identificou de onde as abelhas surgiram.

Abelhas só atacam quando se sentem ameaçadas

Ataques de abelhas em ambientes urbanos não são comuns. Entretanto, quando o território é ameaçado, elas defendem a colmeia e os ferimentos podem ser graves, com o risco de levar à morte.

Foi o que aconteceu há exatamente um ano, no bairro Ilha de Monte Belo, em Vitória. O aposentado José Salvador, de 57 anos, foi atacado enquanto procurava o animal de estimação. Ele era alérgico ao inseto e, mesmo recebendo atendimento médico, não resistiu.

O apicultor e engenheiro agrônomo Arno Wieringa explica que as abelhas são extremamente ferozes quando se sentem ameaçadas.

"A abelha somente se defende quando ela está lá presente dentro do ninho, numa estrutura com favos, filhotes e mel. Aí ela defende a casa dela. Então provavelmente lá perto, em algum lugar, chegou um enxame e fez a moradia. Como ninguém viu, talvez alguma coisa aconteceu com o enxame — um barulho, um cheiro, uma ocorrência — e ela procurou quem era a ameaça, e achou os cachorros. E como os cachorros não conseguiram sair do lugar, deu essa situação", ressaltou.

O especialista também orienta sobre o que fazer em caso de um ataque de abelhas.

"Sair do lugar. Se tem a oportunidade de sair, saia e chame o Corpo de Bombeiros. Se você não tem como sair, tranque-se dentro de casa, feche as cortinas, apague a luz e fique calmo. Deitar no chão, pular na piscina, isso não faz muita diferença. A abelha te acha"

Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV

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