Prefeituras da Grande Vitória começam a investir em ações contra a dengue
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, no período compreendido de janeiro a outubro, os casos de dengue na Grande Vitória reduziram em 70% de 2013 para 2014
A chegada do período chuvoso traz uma preocupação a mais para os moradores da Grande Vitória, o aumento dos casos de dengue. Lotes baldios e água parada formam as condições ideais para a proliferação dos mosquitos transmissores da doença. Por isso, as Prefeituras da região da Grande Vitória estão intensificando as ações de combate e educação.
As ações já vêm surtindo resultados, os casos diminuíram 70% entre 2013 e 2014. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, entre janeiro e outubro de 2013, foram registrados mais de 78 mil casos de dengue na Grande Vitória.
Nesse mesmo período deste ano, foram registrados 22 mil e 900 casos da doença. Apesar dos números positivos, os municípios que compõem a Grande Vitória informam que irão intensificar as ações contra o mosquito.
O presidente da Associação de Moradores do bairro Cobilândia, em Vila Velha, Antônio Sergio Lima Barbosa confirma que diversos casos de dengue já foram registrados na comunidade, e que o carro fumacê só passa a cada 15 dias. “O fumacê deveria passar de 10 em 10 dias. Devia ter uma conscientização da Prefeitura para que venha a combater mais o mosquito, pois ele pode levar a óbito os moradores”, disse o líder comunitário.
O infectologista Crispim Cerutti Junior discorda. Crítico da nebulização de ultra baixo volume (UBV), também chamado fumacê, ele explica que essa técnica é pouco eficaz para combater o mosquito.“Fumacê é uma medida adicional, porque o impacto dele sobre o número de mosquitos é muito baixo. Disperso na atmosfera ele consegue destruir menos da metade das fêmeas, os mosquitos capazes de transmitir a doença”, explicou Crispim.
Para combater de modo eficaz o mosquito, o infectologista defende ações voltadas para a educação e saúde a fim de conscientizar os moradores, principalmente das áreas onde há maior risco de dengue. “As coisas que são repetidas sempre, manter a caixa d’água fechada, virar as garrafas, colocar areia nos vasos de plantas. Isso tem maior efetividade no combate às larvas e fêmeas do que o UBV”, concluiu o especialista.