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Estado Islâmico avança no centro da Síria e toma cidade

Redação Folha Vitória

Beirute - O grupo militante Estado Islâmico está avançando na região central da Síria, tomando controle de um cidade próxima da rodovia que leva à capital Damasco. A informação foi dada por ativistas e pelo próprio grupo neste domingo.

A captura da cidade de Mahin, na província central de Homs, ocorre em conjunto com um avanço em direção à cidade de maioria cristã Sadad e marca um novo avanço do Estado Islâmico para além das regiões sob seu controle no norte e leste da Síria. O grupo militante já havia tomado o controle da antiga cidade de Palmyra em maio e de um vilarejo vizinho.

A nova expansão do Estado Islâmico ocorre apesar dos ataques aéreos da Rússia na Síria, os quais Moscou alega mirarem este e outros grupos extremistas. Em sua maioria, os ataques russos - que chegam a sua quinta semana - tem mirado os grupos rebeldes do oeste do país e outros grupos islâmicos.

Militantes do Estado Islâmico também obtiveram conquistas recentes em Aleppo, tomando vilarejos de outros grupos rebeldes e controlando seção de uma rodovia estratégica que serve como rota de abastecimento para áreas controladas pelo governo.

O Observatório de Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, disse que, após intensivos confrontos com tropas do governo, forças do Estado Islâmico capturaram Mahin e agora estão indo em direção a Sadad.

Mahin fica 25 quilômetros a leste da rodovia que liga a província central a Damasco. A cidade ainda abriga um grande complexo militar e depósitos de armas. Ela foi o cenário de intensos embates entre tropas do governo e afiliados da Al-Qaeda na Síria em 2013, antes de o governo recapturar o território.

Já Saddad é a casa de uma minoria de cristãos assírios e a língua aramaica ainda é falada lá.

Transmissão de rádio do Estado Islâmico afirmou que o grupo tomou controle de grandes depósitos de armas em Mahin depois que um bombardeio suicida ocorreu num posto de controle do governo fora da cidade, o que abriu o caminho para que os combatentes avançassem.

O Observatório reportou ataques aéreos em Mahin após a tomada de controle da cidade pelo Estado Islâmico.

Em seu quinto ano, a guerra civil da Síria já matou 250 mil pessoas e fez com que metade da população pré-guerra ficasse deslocada ou refugiada. O que havia começado com protestos contra o governo do presidente Bashar Assad em 2011 se transformou numa sangrenta guerra civil que também atraiu militantes de todo o mundo em meio ao crescente sectarismo. Fonte: Associated Press.