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"Racismo Virtual": campanha estampa comentário ofensivo em Vila Velha

O comentário foi postado nas redes sociais por um morador do município. Outdoors semelhantes foram instalados em outras três cidades brasileiras

A frase foi publicada na rede social por um capixaba. O outdoor está localizado próximo à Rodovia do Sol Foto: Reprodução

"Cheguei em casa fedendo a preto". Essa frase está estampada em um outdoor na Rodovia do Sol, Vila Velha, e fica próximo à residência do agressor virtual. A ação faz parte da campanha ‘Racismo Virtual’, criada pela ONG Criola, em parceria com empresas de mobiliário urbano, outdoor e busdoors.

A ideia surgiu após a jornalista Maria Júlia Coutinho, do Jornal Nacional, ser vítima de comentários racistas na internet em julho deste ano.

De acordo com a organização, o objetivo é provocar a reflexão na sociedade e por isso nomes e rostos dos autores são omitidos: “Queremos apenas conscientizar as pessoas para que futuramente elas reflitam sobre as consequências antes de postar comentários racistas”, diz a mensagem no site da ONG.

Como funciona a ação?

A organização identifica os comentários racistas postados no Facebook e, através do GeoTag, encontram a origem exata da postagem. Após a identificação, outdoors são instalados próximos à localização do agressor com as mensagens publicadas na internet. 

Locais

Os outdoors estão instalados nos seguintes locais:

- Porto Alegre, Rio Grande do Sul

- Americana, São Paulo

- Feira de Santana, Bahia

- Vila Velha, Espírito Santo

Para apoiar a ação, acesse o site e preencha o formulário.

Conheça a ONG

Criola é uma organização da sociedade civil fundada em 1992 e conduzida por mulheres negras. Atua na defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal.

Aplicativo desenvolvido no ES vai monitorar comentários racistas

Um aplicativo na internet vai monitorar postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o instrumento permitirá que usuários sejam identificados e denunciados.