Dino (divulgador de notícias)

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Municípios com escolas de medicina melhoram índices de saúde

Estudo feito pela Afya mostra que a presença de escolas de Medicina em 20 municípios onde a companhia atua ajudou a fixar quase 4 mil médicos, e a evitar 4,1 mil internações e 28,6 mil mortes

Foto: Divulgação/DINO

A Afya (NASDAQ: AFYA; B3: A2FY34), hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil, divulga os primeiros resultados do “Projeto de Impacto Afya”, um estudo inédito que mensura o efeito da atuação das escolas de Medicina da empresa na saúde dos municípios em que está presente. O objetivo do projeto é entender e avaliar como a presença da Afya tem transformado a saúde das populações locais e desenvolver ações em prol da atenção primária. 

Os achados revelam uma relação direta entre o aumento da densidade médica e a redução das taxas de internação e de mortalidade por doenças relacionadas à atenção primária. Para medir o impacto, a empresa considerou para a amostra a atuação da Afya, entre os anos de 2004 e 2021, em 20 municípios onde há uma escola de Medicina do grupo. Até 2021, 3,9 mil médicos haviam se fixado nesses municípios, um aumento de 12% no número de médicos por mil habitantes.

Nos casos de internação por doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis, tais como coqueluche, sarampo e hepatite B, a redução foi de 15%, o que corresponde a 4,1 mil internações evitadas. Já para mortes, houve uma redução de 14% na taxa de mortalidade por doenças sensíveis à atenção primária, especialmente influenciada pela redução nos óbitos referentes às doenças preveníveis por imunização, cuja taxa caiu 20,5%. Em termos absolutos, o impacto nas taxas de mortalidade equivale a 28,6 mil vidas salvas

“Os resultados encontrados na avaliação de impacto social da Afya reforçam a transformação promovida pela presença da Afya no que diz respeito à formação e fixação de mais médicos e ao acesso à saúde em geral, o que contribui para os índices positivos apontados. Nosso impacto não é pontual, é uma mudança de longo prazo e duradoura na realidade da saúde da população onde atuamos”, aponta Stella Brant, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da Afya. 

Desde a fundação da sua primeira escola de Medicina, em 1999, a Afya já formou mais de 20 mil médicos no país e realizou mais de 2 milhões de atendimentos de saúde gratuitos somente nos últimos 5 anos. “Entender o impacto do nosso trabalho na formação e no atendimento médico tem sido desafiador. Estamos trabalhando há mais de um ano neste projeto e o nosso objetivo principal é avaliar como estamos transformando a saúde nas regiões onde atuamos e identificar maneiras de potencializar nosso papel na ampliação do acesso à saúde, melhorando a qualidade e a expectativa de vida das pessoas”, comenta Leonardo Cabral Cavalcante, pediatra e Diretor Executivo de Medicina na Afya.

Metodologia 

Em parceria com a Flow.Ers, consultoria especializada no tema, foi desenvolvida uma metodologia para a avaliação de impacto socioeconômico. Para a coleta de dados, foram analisadas 20 cidades com faculdade de Medicina da Afya entre 2004 e 2021. Os municípios foram definidos de acordo com a disponibilidade dos dados públicos e maturidade dos cursos. Dos 20 municípios com IES Afya considerados no estudo, 15 estão fora de capitais e 75% nas regiões Norte e Nordeste. 

Para compreender o impacto real das unidades Afya, isolando-os de eventuais melhorias no acesso, ou na rede de saúde local motivadas por terceiros, o estudo comparou os indicadores de saúde dessas 20 cidades – que compõem o chamado grupo de tratamento -, com outras dezenas de municípios, - que integram o grupo de controle -, e que foram definidos com base na semelhança socioeconômica: tamanho da população, percentual de idosos, PIB, PIB per capita e nível de cobertura de abastecimento de água. 

Wal Flor, diretora do estudo e CEO da Flow.Ers, explica que a metodologia utilizada teve como base métodos mistos, ou seja, a utilização de técnicas e dados quantitativos e qualitativos. “Como ponto de partida, a Teoria da Mudança da Afya foi construída de forma participativa com diversas pessoas estratégicas da instituição, servindo de guia para as fases seguintes da avaliação. Para identificar os impactos das escolas de medicina, foram utilizados dados de órgãos oficiais, como o Ministério da Saúde (Datasus) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como dados coletados com alunos, egressos, professores e colaboradores da instituição”. 

A mensuração do impacto isolado da Afya na região de atuação foi possível devido ao uso do método combinado de diferenças em diferenças com pareamento, que utiliza o grupo de controle como estratégia de identificação do impacto. A comparação entre os grupos resulta no impacto da companhia. Seguindo metodologias econométricas, o estudo estimou o impacto atribuído à existência das escolas de medicina da Afya e isolou fatores externos que podem ter exercido influência em ambos os grupos. “Ainda que existam Instituições de Ensino Superior não vinculadas à Afya em municípios de ambos os grupos, é possível refutar a hipótese de que os impactos estimados foram gerados por outras instituições”, garante a diretora. 

“Queremos ser uma referência nesse tipo de estudo na área da educação superior privada. Ele se desdobra em aprendizados para implementação de outros projetos dentro da companhia para aumentar ainda mais o impacto positivo na saúde, especialmente em locais interiorizados”, afirma Brant.  

Websérie

Para ilustrar os resultados do estudo, a Afya produziu a websérie “Saúde que transforma: O impacto da Afya nas comunidades”. Em quatro episódios e por meio de depoimentos de médicos, estudantes, pacientes e outros personagens, a produção retrata como as escolas de Medicina contribuem para a melhoria dos indicadores de saúde da Atenção Primária e para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios onde estão presentes.