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Fundação Euroamérica faz análise de acordo entre Mercosul-UE

Entre os destaques do acordo, estão compromissos robustos nas áreas de sustentabilidade, como a adesão ao Acordo de Paris e a promoção de cadeias de valor voltadas à transição energética.

Foto: Divulgação/DINO

O recente fechamento das negociações do Acordo de Parceria entre o Mercosul e a União Europeia foi anunciado em 6 de dezembro de 2024, durante a 65ª Reunião de Cúpula do Mercosul, em Montevidéu. Este tratado representa um marco histórico após mais de 20 anos de diálogos entre os blocos, trazendo avanços significativos nas relações comerciais, políticas e de cooperação entre a América Latina e a Europa.

Entre os destaques do acordo, estão compromissos robustos nas áreas de sustentabilidade, como a adesão ao Acordo de Paris e a promoção de cadeias de valor voltadas à transição energética. Além disso, ele prevê a redução de barreiras comerciais desnecessárias, beneficiando pequenas e médias empresas e promovendo um comércio mais inclusivo e responsável. Agora, o texto passa por revisão legal e tradução antes da assinatura e ratificação.

Para ampliar a visibilidade deste tema na região, a Fundação Euroamérica elaborou um comunicado oficial com uma análise aprofundada sobre o impacto do acordo para países do Mercosul (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai) e para a União Europeia. A fundação já está promovendo a divulgação na Europa e busca apoio para fortalecer a comunicação nos mercados do Mercosul.

Declaração da Fundação Euroamérica sobre o Acordo MERCOSUL - EU

A Fundação Euroamérica recebe com grande satisfação a conclusão das negociações entre o Mercosul e a União Europeia e considera o Acordo uma grande notícia para a Europa e América Latina.

Primeiro

Porque as nossas relações econômicas necessitam, tanto na Europa como nos países do Mercosul, um cenário de comércio livre de tarifas aduaneiras e com as respectivas regras de investimento seguras e estáveis. Além disso, coincidimos com a importância geopolítica do Acordo em um contexto internacional de grave conflito militar e político. Assim, o Mercosul e a Europa expressam ao mundo o seu compromisso com o diálogo e o acordo nas relações internacionais.

Segundo

Porque estamos criando um espaço econômico comum que afeta a mais de 700 milhões de pessoas, proporcionando aos nossos cidadãos e às nossas respectivas empresas um horizonte regido pela lei e pela colaboração, perante as guerras comerciais e a desordem do comércio internacional desregulado.

Terceiro

Porque o Mercosul era o único espaço geográfico e político da América Latina com o qual a Europa não tinha um acordo de parceria, cooperação, comércio e investimento. A assinatura deste Acordo consolida a Parceria Estratégica da Europa com a América Latina e o Caribe que, desde o final do século passado, tem pautado as nossas relações continentais. Europa, América Latina e Caribe compartilham princípios democráticos e aspirações organizacionais do mundo. Somos aliados na construção internacional da paz, da cooperação e do desenvolvimento sustentável. Este Acordo fortalece nossa parceria e esses objetivos comuns. 

Quarto

Em julho de 2023, a União Europeia, América Latina e Caribe realizaram a última cúpula CELAC UE onde a União Europeia aprovou a agenda de investimentos "Global Gateway", provido de um apoio financeiro de 45 bilhões de euros. Este Acordo facilitará os investimentos europeus incluídos nessa agenda para os países do Mercosul e assim permitirá reforçar as nossas relações econômicas, compartilhar tecnologia e inovação, desenvolver e modernizar a economia dos países do Mercosul. Nesse mesmo sentido, as empresas do Mercosul encontrarão no Mercado Único Europeu um espaço de expansão e internacionalização.

Quinto

Por último, a Fundação Euroamérica se compromete em divulgar este Acordo e em trabalhar com todos os sócios da União Europeia para obter a sua aprovação, tanto no Conselho como no Parlamento Europeu, convencidos de que a sua ratificação por ambos os órgãos dará à Europa uma oportunidade de se projetar junto à América Latina como um parceiro confiável e leal e oferecerá ao mundo uma forma construtiva e dialogada de gerir o comércio internacional.