Dino (divulgador de notícias)

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Moda brasileira sustentável estreia no BRICS+ Fashion Summit

Inovação reduz a pegada ambiental da indústria da moda

Foto: Divulgação/DINO

O continente asiático, responsável por 35% das exportações globais, agora exerce uma influência crescente sobre o consumo mundial, de acordo com o jornal Calcio e Finanza. O que explica o reconhecimento da China e da Índia como os principais produtores e exportadores da indústria têxtil. 

Apenas em 2023, o mercado têxtil da China produziu um total de US$ 1,3 trilhão, correspondendo a aproximadamente 27% da produção global. Projeções da indústria indicam que as vendas anuais de vestuário no varejo chinês poderão ultrapassar os US$ 415 bilhões até 2025, superando os US$ 347 bilhões dos Estados Unidos. 

Diante desse cenário, o BRICS+ Fashion Summit foi um evento com repercussão global. A marca brasileira Maison Revolta, liderada pelo designer Rog Vasques, foi a única representante do Brasil na ocasião, apresentando uma visão futurista da moda - pautada na sustentabilidade e na preservação do planeta.

Rog, que utiliza exclusivamente algodão regenerativo e o couro considerado "de menor impacto ambiental do mundo", desmistifica conceitos errôneos sobre essas matérias-primas. “Nosso material é 100% certificado, rastreado e produzido no Brasil, pelo segundo maior produtor de carne global, segundo a FAO - Food and Agriculture Organization. O couro é um subproduto da indústria alimentícia, e seus estigmas são injustificáveis”, destaca.

Quanto ao algodão regenerativo, o designer enfatiza suas vantagens: “Ele apresenta uma produtividade superior, com maior quantidade de fibra por hectare, requer menos terra e consome menos água, o que reduz a pegada hídrica da indústria da moda”.

O BRICS Fashion Summit 2024, realizado em Moscou, contou com a presença de representantes de mais de 100 países, incluindo diversas nações da América Latina, como Argentina, México e Colômbia. O evento marcou o encontro do setor direcionado a economias emergentes, evidenciando o potencial impacto da moda desses países no cenário global por meio de colaborações inovadoras.

Em 2019, a China, líder mundial na produção e exportação de vestuário, fabricou 30 bilhões de peças, representando 35% das exportações globais. Na Rússia, especialistas projetam um crescimento anual de até 8% no mercado de luxo, de acordo com o jornal Calcio e Finanza.

A criação da Federação Internacional de Moda do BRICS provoca reflexões sobre o futuro do setor e as alianças estratégicas em formação. Até agora, 57 nações já firmaram apoio à Federação em Moscou, e outras se articulam para se juntar a essa aliança em contínua expansão.