Obras do Contorno de Iconha serão entregues no primeiro semestre de 2017
A informação foi passada pela Eco 101, empresa que tem a concessão da BR 101, que corta o Espírito Santo. A concessionária aguarda as licenças para iniciar a duplicação da rodovia
O andamento das obras do Contorno de Iconha, a duplicação da BR-101 e a instalação do Porto Central, em Presidente Kennedy, foram debatidos em uma reunião do Movimento Empresarial Sul Espírito Santo (Messes), que ocorreu na manhã desta quinta-feira (7), em Cachoeiro de Itapemirim.
Criado em 2007, o grupo é formado por 20 empresários preocupados com o estágio do desenvolvimento da região Sul, principalmente, frente a não inclusão da região na área da Sudene e o indício de fuga de algumas importantes empresas para outras regiões.
Durante o encontro, o gerente de engenharia da Eco 101, concessionária que administra a BR-101 no Espírito Santo, Luis Carlos Lima Salvador, anunciou que as obras do Contorno de Iconha começam nos próximos dias e que o prazo será de 12 meses, com a entrega da obra ainda no primeiro semestre de 2017.
“Iconha já é um trecho previsto inicialmente no contrato para ser executado em forma de contorno. O contrato já previa que a concessionária devia duplicar a rodovia passando por fora da cidade. O principal objetivo é fazer com que a rodovia tenha maior fluidez e, principalmente, mais segurança. Passar por dentro do município como a forma que está hoje e, se projetarmos o crescimento de tráfico, é incompatível com as questões de segurança de pedestres e cruzamento dos veículos. O entendimento da comunidade foi no sentido que a cidade não tem que perder com o Contorno, pelo contrário, vai resultar em segurança. E, para quem trafega na rodovia, vai proporcionar mais fluidez, que é o objetivo principal da concessão”, explica.
Segundo Luis Carlos, o projeto já foi finalizado e aprovado. “Estamos prontos para começar. As desapropriações já foram concluídas, as áreas já estão cercadas e estamos aguardando apenas o sinal verde do licenciamento ambiental, que deve ocorrer ainda neste mês de julho, para iniciarmos a obra imediatamente”, continua o gerente.
A obra do Contorno vai gerar entre 400 e 500 empregos diretos e indiretos. “Além disso, já iniciamos a obra de duplicação em dois trechos de Iconha, um ao sul e um ao norte, com duas frentes de serviços. O prazo de conclusão dessas obras é 2017. O trecho sul, entre Viana e Atílio Vivácqua, nosso prazo de conclusão das obras é 2019, e estamos trabalhando para isso. É um prazo possível, bastante factível para conclusão. A expectativa é que tenhamos a licença de todo o trecho sul ainda no segundo semestre de 2017, o que é totalmente exequível para concluir as obras no prazo contratual. O valor do investimento no trecho sul é superior a R$ 700 milhões”, completa Luis Carlos.
Obras do Porto Central começam em 2017
O outro assunto do encontro foi a instalação do Porto Central entre as praias das Neves e Marobá, em Presidente Kennedy. O representante do porto, José Maria Novaes, disse que as licenças da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem sair nos próximos meses.
“Estamos em uma fase de obtenção das licenças para construção do porto. Aguardamos para os próximos meses a obtenção dessas licenças. Em paralelo, estamos conversando com uma série de clientes potenciais e já temos alguns memorandos de entendimento. Esses clientes em potenciais já iniciaram os estudos de viabilidade e início das transações comerciais. O início das obras vai depender da obtenção dessas licenças e dos avanços comercial com os clientes ancoras, explica José Maria.
Quanto ao início da operação, o representante do Porto ressaltou que o prazo é de três anos a partir do início das obras. “Se conseguimos viabilizar a obra nessa data, temos a previsão de começar em 2020. O Porto é um indutor de crescimento, não só para quem produz, mas também para quem presta serviço. De uma forma geral, todo setor produtivo passa a ser beneficiado dessa infraestrutura inicial do porto”, comenta.
Ainda, segundo Jose Maria, dentro de seis meses a um ano, o Porto Central terá a confirmação dos clientes âncoras. “Estamos em uma fase de apresentar ao Ibama um programa, que se chama Programa Básicos Ambientais, que se aprovado podemos fazer obras, caso contrário não. Esse é um projeto importante para o Sul do Estado, para todo o Espírito Santo e até o Brasil”, conclui.