Marcas encantadoras de gente
Quero começar me “apropriando” de um texto totalmente legítimo, conveniente e atemporal de um grande amigo, o publicitário e baiano arretado Humberto Mendes:
“A verdade é que, como seres humanos, instintivamente pensamos primeiro na marca, porque quem tem o encantamento é ela, e o encantamento é o que faz a diferença em tudo nas nossas vidas. O produto ou serviço, por melhor que seja, vem depois.”
E ele vai por linhas retas lembrando-se de Maisena, Hipoglós, Gilette, Coca-Cola, Brahma, Omo, Ford, Esso e por aí vai, marcas ícones e encantadoras de gente.
Este é o termo que procurava, nossas criações, nossas marcas são pura e simplesmente “encantadoras de gente”. É isso o que procuramos ao criar e lançar uma marca no mercado, e quando isso acontece, boom, a magia foi feita e o trabalho e o dever, cumpridos.
A transformação no comportamento do consumidor, na vida de uma geração ou em um grupo é consequência do crescimento e evolução dessa marca. Ela tem um ciclo a ser cumprido e uma estabilidade a ser buscada e almejada. Temos sempre o grande exemplo da Coca-Cola, que é uma marca estável, que simplesmente está em tudo. Hoje ela não se coloca, ela faz parte.
O mercado precisa dar um passo atrás no processo criativo, principalmente no que se refere à marca. Elas nascem não só de um grande design, mas sim de uma composição de ideias e conceitos que fazem com que sejam ícones. O layout pelo layout tem feito com que o principal seja esquecido, o conceito.
E olha que por ele passam a pesquisa, a maturidade, o know-how e o total conhecimento e cultura a respeito do que se está fazendo.
Quando falamos sobre entender melhor todo esse processo, temos pontos importantes a serem seguidos, obrigatoriamente:
- AMOR: ser publicitário, trabalhar com tudo o que se refere à comunicação requer amor;
- SABER: saber tudo e de tudo, afinal, criar requer cultura geral em demasia;
- APROPRIAÇÃO: de livros, histórias, contos, filmes, novelas, séries, tudo o que dê base para abrir a mente e horizontes. É necessário ver tudo por vários ângulos e poder levar tudo isso para a arte de criar, e criar com conceito.
Deixo aqui algumas sugestões de leitura:
- Crônicas de Propaganda, de Humberto Mendes (NVersos);
- Propaganda: o caminho das pedras, de Humberto Mendes (NVersos);
- Público-alvo mulher, da Editora Campus, Faithe Popcorn/Lys Marigold;
- Memória da propaganda capixaba, de Antônio Carlos Barbieri, Fernando Manhães e Maely Coelho (Sebrae);
- E tudo o que puder, o tempo todo, todo o tempo. Esbalde-se de cultura sempre.
Palavra do Mercado de Flávia Reis, atendimento e mídia da RG Comunicação