Aberta a temporada de matrículas: os “ensinamentos” da pandemia para ajudar na escolha da melhor escola para seu filho
Os anos de 2020 e 2021 trouxeram e ainda apresentam diariamente desafios representativos para a educação. Escolas, gestores educacionais, professores, famílias, alunos e toda a comunidade escolar tiveram que, da noite para o dia, transformar formas de aprender e ensinar, se relacionar no ambiente escolar e interagir.
Os anos de 2020 e 2021 trouxeram e ainda apresentam diariamente desafios representativos para a educação. Escolas, gestores educacionais, professores, famílias, alunos e toda a comunidade escolar tiveram que, da noite para o dia, transformar formas de aprender e ensinar, se relacionar no ambiente escolar e interagir.
Nas dificuldades impostas por esse “novo mundo” e uma pandemia, a abertura da temporada de matrículas nas escolas traz novas nuances para uma pergunta que sempre esteve presente na vida das famílias: que pontos devo levar em conta para escolher a melhor escola para meu filho? O que deve ter mais “peso”?
Especialistas seguem unânimes ao afirmar que respostas a questões como essas carregam componentes significativos de subjetividade, mas há itens a se considerar.
“Olhar para a criança em suas especificidades enquanto indivíduo e observar valores e características do núcleo familiar onde o aluno está inserido é o início do caminho. Trata-se de se perguntar o que se espera da escola enquanto um outro espaço de formação, aprendizado, crescimento e interação, que não deve e nem vai ocupar o lugar da família, mas que pode ser uma aliada no processo de desenvolvimento cognitivo, emocional e social”, afirma a diretora pedagógica da Escola Monteiro, Penha Tótola.
Ela explica que todas as escolas têm um mesmo norte a seguir do ponto de vista da grade curricular e dos conteúdos a serem absorvidos em cada etapa da formação, previstos pelos órgãos competentes em nível federal. As diferenças estão, muitas vezes, na forma de direcionar esse aluno rumo ao aprendizado e na relação que se estabelece com esse aluno enquanto alguém único e importante. E, principalmente, algo mais desafiador e raro no período da pandemia: no esforço da escola em manter, fortalecer e zelar pelo vínculo com o aluno e suas famílias, bem como em adotar uma conduta marcada pelo acolhimento como caminho que favorece o aprender, gerando receptividade e engajamento.
“A Escola Monteiro existe há mais de 50 anos e nossa premissa sempre foi – e seguiu sendo ao longo da pandemia – a humanização. Percebemos que, neste período, algo que é parte da nossa essência, do nosso DNA – o acolhimento, a escuta e a proximidade, mesmo na distância física – se tornou um grande diferencial. É um período desafiador para todos os agentes da comunidade escolar. Aluno, professor, gestor, família.... Todos sentiram e muito, cada um na sua função e do seu jeito. Unir forças e caminhar juntos, por meio do diálogo, nos fez e nos faz mais fortes. Trabalhando em parceria, colhemos melhores resultados em todos os sentidos, de questões diretamente ligadas à assimilação de conteúdos, desenvolvimento de competências e habilidades até aspectos emocionais relacionados ao controle da ansiedade, à interação, à participação e à convivência”, considera.
Na prática, a escola foi trabalhando formas de aprimorar essa escuta ativa. Reuniões de pais por turma para tratar de assuntos específicos de cada sala; encontros com os pais eleitos como representantes de cada classe para abordar temas gerais pertinentes à escola como um todo; assembleias quinzenais com alunos de cada uma das turmas – desde o 1º ano do ensino fundamental até o ensino médio – para dar a crianças e adolescentes a chance de falar sobre suas demandas, sugestões, alegrias ou críticas, são alguns exemplos de estratégias desenvolvidas, bem como a manutenção de um canal sempre aberto para atendimento individualizado de cada família em caso de necessidade.
Estratégias de motivação
Segundo Penha, a Monteiro também buscou novas formas de trazer dinamismo, leveza, alegria e motivação para o ambiente de aprendizado, mesmo impossibilitada pela pandemia de realizar estudos do meio – viagens e outras experiências interativas -, comuns no calendário escolar.
“Anualmente, por exemplo, realizávamos as Olímpiadas da escola, um evento tradicional muito esperado por todos os alunos. Esse ano decidimos fazer o evento, mas só teremos atividades que respeitem as normas de distanciamento e não exijam contato físico. Mesmo em outro formato, a movimentação em torno da formação de grupos dentro da mesma turma, com produção de camisa e escolha de “padrinhos” professores, já envolveu e mobilizou os estudantes. A Festa Junina e Festa da Família, realizadas com transmissão on-line também foram experiências inovadoras bem-sucedidas”, diz.
Mesmo assim, sempre que possível, com a autorização dos pais e respeitando as normas de distanciamento, seguem sendo realizadas atividades ao ar livre, como prática de Educação Física, ioga e até passeios no entorno da escola para permitir experiências pedagógicas diferenciadas, contato com o meio ambiente e com a cidade.
Confira como foram alguns eventos e projetos realizados pela escola durante a pandemia para manter o acolhimento e a interação:
“Acolher bem é abrir portas para o aprendizado”
O acolhimento, sempre bem-vindo em qualquer universo – seja familiar, pessoal, escolar ou corporativo –, ganha ainda mais valor na escola em tempos pandêmicos, de restrições sociais, ensino híbrido, aulas remotas e novas regras de convivência.
“Acolher bem é abrir portas para o aprendizado. Um aluno que se sente acolhido como ser humano que tem demandas das mais diversas ordens – e não apenas relacionadas ao conteúdo programático – tende a estar mais aberto à participação, se sente mais motivado e tudo isso traz ganhos para sua formação integral, favorecendo, ao mesmo tempo, os bons resultados acadêmicos”, diz.
Gisely Zenóbio viveu a experiência de mudar a filha de colégio no meio do ano letivo e agora está na Escola Monteiro. “Minha filha está no 7º ano do ensino fundamental e nossa adaptação coincidiu com uma semana de provas, o que não é fácil. Mas o acolhimento foi espetacular. Tanto cuidado e carinho deixaram minha filha mais tranquila e feliz, mesmo num cenário adverso que envolve as perdas geradas pela pandemia, as dificuldades em relação ao modelo remoto e toda a carga de ansiedade que isso tudo traz. O que buscávamos era esse olhar mais humanizado, uma educação mais ampla, focada não apenas no desenvolvimento do conteúdo, mas do indivíduo como um todo. Mesmo em pouco tempo, já percebo esse diferencial na Monteiro”, ressalta.
Na hora de escolher a escola ou fazer matrícula, leve em conta:
Cada um no seu papel
- A escola não existe para ocupar o lugar da família. O núcleo familiar, independente do seu formato, tem papéis a cumprir, bem como a instituição escolar. Mas, se houver parceria e vínculo, todos saem ganhando, especialmente a criança. Leia mais sobre o assunto em https://monteiro.g12.br/qual-e-o-papel-das-escolas-na-sociedade-bate-papo-com-priscila-boy/.
Receptividade e parceria
- Especialistas acreditam que marcar conversas, mesmo que virtuais neste momento de decidir a escola do seu filho e fazer matrícula, com gestores da escola é uma prática positiva. Questionar sobre os projetos desenvolvidos para viabilizar a troca entre família e escola, bem como para ouvir os estudantes, pode demonstrar o quão aberta, receptiva e parceira a escola é.
Há espaço para o diálogo?
- Uma escola que realiza encontros formativos e informativos, assembleias, projetos de mediação de conflitos e viabilize canais para uma escuta ativa sai na frente. Para quem entende do tema educação, uma escola de qualidade tem participação e diálogo dos familiares, e que isso pode ser feito de modo individualizado e coletivo.
Um aluno não é um número
- A pandemia e o período exclusivamente remoto trouxeram muitas questões de interação, afetividade e a sensação de não pertencimento. Neste sentido, ver que os pais fazem parte da vida escolar e se sentir acolhido, ouvido e respeitado na sua individualidade é fundamental para o bem-estar da criança ou adolescente.
Normas sanitárias e senso de coletividade
- Fundamental também estar atento ao cumprimento das normas sanitárias impostas pela pandemia, de acordo com a determinação dos órgãos competentes. Biossegurança e saúde se tornam ainda mais importantes neste momento, além de influírem na formação da criança/adolescente em relação ao senso de coletividade, cidadania e responsabilidade mútua.
Converse com outros pais e alunos
- Conhecer o projeto pedagógico por meio da conversa com gestores, ouvir a experiência de outros pais e, se possível, de outras crianças e adolescentes alunos da escola são bons balizadores na hora da escolha.
Tecnologia a serviço de que ou de quem?
- Como a maior parte das escolas ainda trabalha com o ensino híbrido, por conta do número de estudantes permitidos em cada sala, levando em conta as normas de distanciamento, saber as ferramentas tecnológicas utilizadas e – mais importante ainda – como é feita a mediação, a interação e o uso dos recursos é outra dica. Mais importante do que ter o material tecnologicamente mais avançado, é fazer bom uso dos recursos, sabendo que o sujeito é sempre o aluno, com a mediação do professor, que faz uso da ferramenta e não a ferramenta em si. A escola desenvolve, por exemplo, projetos embasados na cultura maker para estimular a criatividade, a autonomia e o protagonismo. Saiba mais no https://monteiro.g12.br/cultura-maker-protagonismo-no-ensino-e-aprendizagem/
Conheça a Escola Monteiro
Site: https://monteiro.g12.br/
Folder: https://monteiro.g12.br/wp-content/uploads/2021/06/MONTEIRO-FOLDER-2021.pdf