Polícia

Relatório de CPI pede indiciamento de professores acusados de assédio sexual

Segundo o relator, houve prática de “abuso sexual”, “constrangimento das vítimas” e, consequentemente, “prejuízo para o rendimento escolar”

Foto: Divulgação

O deputado Delegado Danilo Bahiense (PSL), apresentou nesta terça-feira (20), o relatório sobre as denúncias de assédio sexual na Escola Estadual Clovis Borges Miguel, da Serra, concluindo pelo indiciamento dos professores de química e matemática acusados de assédio sexual e improbidade administrativa. 

A apresentação aconteceu durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, com a presença dos deputados Vandinho Leite (PSDB), Capitão Assumção (PSL) e Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido), que aprovaram o relatório. O deputado Coronel Alexandre Quintino (PSL) pediu vistas para analisar o documento completo e apresentará seu voto na próxima reunião do grupo.

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O relatório 

O argumento utilizado pelo relator é de que houve prática de “abuso sexual”, “constrangimento das vítimas” e, consequentemente, “prejuízo para o rendimento escolar”. Para Bahiense, os professores tentaram “minar a resistência dos adolescentes” e “obter favorecimento sexual”. Além disso, as vítimas eram menores de 18 anos. 

Relembre o caso

Foto: Reprodução/Rede Social

Em uma rede social, usuários utilizaram a hashtag #SuaAlunaNãoÉUmaNovinha para manifestar repúdio à atitude do professor e aos abusos sexuais sofridos por estudantes durante a atividade escolar. Outros casos de abuso sofridos dentro da escola foram relatados por internautas que se indignaram com a história.

Cartazes também foram colados em paredes da unidade de ensino. Neles, as alunas incentivam que outras colegas se manifestem.

Logo depois deste caso, outro professor da mesma escola foi acusado de assediar um aluno pelas redes sociais. O teor da conversa, entregues pela mãe a diretora da escola, também foram anexadas ao processo na Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

Reprodução
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O professor de matemática, de 38 anos, que trabalha há 10 anos na unidade de ensino foi afastado das funções no dia 28 de junho e começou a ser investigado pela Polícia Civil. Durante uma reunião na escola, o professor chegou a assumir que teria dito algo para as alunas, mas afirmou que elas teriam interpretado de forma equivocada. 

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