Polícia

Investigado em operação que envolve juízes do ES é exonerado

Victor Hugo de Mattos Martins foi preso na última sexta (2), no âmbito da Operação Follow The Money, com outras 5 pessoas, entre elas, o juiz Bruno Fritoli Almeida

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

O servidor público Victor Hugo de Mattos Martins foi exonerado pelo governo do Estado nesta terça-feira (6). Investigado na Operação Follow The Money, ele ocupava o cargo de assessor especial na Secretaria de Esporte e Lazer (Sesport), com salário de R$ 7,3 mil. 

Victor Hugo foi preso na última sexta-feira (2) com outras cinco pessoas, entre elas, o juiz Bruno Fritoli Almeida, que foi encaminhado ao presídio militar do Quartel do Comando-Geral (QCG). Os nomes dos advogados e outros investigados na ação não foram divulgados.

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Além disso, o juiz Mauricio Camatta Rangel foi afastado de suas funções e tem de usar tornozeleira eletrônica. 

Ao todo, 16 pessoas são investigadas por envolvimento em suposto esquema criminoso para enriquecimento ilícito por heranças de pessoas mortas no Espírito Santo, que teria movimentado cerca de R$ 7 milhões. 

Foto: Diário Oficial

Como funcionava o esquema?

De acordo com investigação, o grupo localizava falecidos sem herdeiros e com valores consideráveis em contas bancárias, e ajuizava ações na Comarca de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo.

Os investigados, segundo o documento ao qual a reportagem teve acesso, faziam contratos indicando supostos acordos jurídicos com cláusula de confidencialidade com foro em Barra de São Francisco. Somente os advogados assinavam os acordos.

"Feito bloqueio dos valores depositados na conta do falecido e havendo manifestação de interessados, o exequente não se manifestava a respeito e por via de consequência, ocorria a extinção do processo", diz o documento.

Após o bloqueio judicial dos valores depositados na conta do falecido, sem que houvesse manifestação de interessado, era apresentado um suposto acordo extrajudicial entre as partes.

Em seguida homologado, peticionavam nos autos informando o “descumprimento” do acordo entabulado pela parte executada e solicitavam a liberação dos valores bloqueados.

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