Polícia

Jovem que teve 'ladrão e vacilão' tatuado na testa é condenado por roubo

De acordo com o advogado do Conselho do Condepe, Ariel de Castro Alves, ele não terá direito de recorrer à decisão, para um pedido de cumprimento da pena em liberdade

Foto: Divulgação

Foi condenado, a 4 anos e 8 meses de prisão, na última terça-feira (10), o jovem de 19 anos, que teve a testa tatuada com a frase "eu sou ladrão e vacilão" por dois homens em julho de 2017, em regime semiaberto, por furto no ABC Paulista. A condenação foi dada pela juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no município paulista. 

Na época, o crime ocorreu em 14 de fevereiro, quando o jovem entrou em Unidade Básica de Saúde (UBS) de Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo, e furtou um celular, um moleton e R$ 20,30 em dinheiro pertencentes a funcionários do local. Uma das funcionárias surpreendeu o jovem em um quarto nos fundos no local e ambos teriam entrado em conflito.

Ao ouvir gritos da funcionária, um segurança acionou a GCM (Guarda Civil Metropolitana) que eu voz de prisão em flagrante e o levou à delegacia. Na sentença, a juíza diz que o rapaz "é uma pessoa que oferece perigo para o convívio em sociedade."

De acordo com o advogado do Conselho do Condepe, Ariel de Castro Alves, ele não terá direito de recorrer à decisão, para um pedido de cumprimento da pena em liberdade. "É lamentável o ciclo em que ele vive, de dependência de drogas", diz o advogado.

Segundo o magistrado, a justiça de São Bernardo do Campo falhou em não observar que ele é uma pessoa doente e comete crimes, segundo o advogado, em função da dependência de drogas. "A juíza de ofício poderia ter instaurado um incidente toxicológico já que o vício dele é público e notório. Assim, ele iria para tratamento. No sistema prisional ele não vai se recuperar, muito pelo contrário', afirmou.

No entanto, a juíza, o jovem negou ter agredido ou ameaçado qualquer pessoa. Na sentença, porém, consta que ele é considerada uma "pessoa perigosa ao convívio social, haja visto o emprego de violência exercida contra uma das vítimas". Além disso, a juíza escreve também que ele "já se viu envolvido com a Justiça, ainda quando menor, às voltas com a prática de atos infracionais."

* Com informações do Portal R7.

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