Rodoviários se reúnem com a Sesp para discutir medidas de segurança para coletivos da GV
Além de entregar a lista das linhas mais perigosas à Sesp, os rodoviários vão discutir junto à polícia outras medidas de segurança para os coletivos
Acontece na manhã desta quinta-feira (02), uma reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e policiais militares. O objetivo do encontro é definir quais linhas de ônibus receberão o reforço policial.
Além de entregar a lista das linhas mais perigosas à Sesp, os rodoviários vão discutir junto à polícia outras medidas de segurança para os coletivos. Duas das propostas apresentadas pelo sindicato é a permanência de policiais nos pontos finais e a instalação do botão do pânico dentro dos coletivos. A reunião está prevista para acontecer às 9h30, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Maruípe.
O reforço da segurança dentro dos coletivos é a principal reivindicação dos rodoviários. Na última quarta-feira (01), mais um caso de violência assustou passageiros, motorista e cobrador de um ônibus do Transcol.
Na ocasião, uma mulher foi atingida na cabeça por uma pedra quando o coletivo passava pelo bairro Cobi, no município de Vila Velha. A pedra foi arremessada contra o ônibus da linha 516, que liga o Terminal do Ibes ao Terminal de Jacaraípe, na Serra. De acordo com informações de testemunhas, cerca de 30 passageiros estavam dentro do veículo.
Para o diretor do Sindirodoviários, Silvio Carlos, policiais já estão reforçando a segurança dos ônibus, mas outras medidas ainda precisam ser colocadas em prática. “A atuação da polícia começou na última terça-feira (30), e estamos vendo essa atuação com bons olhos. Mas ainda falta conexão. A cada 30 dias teremos essa reunião com a Secretaria de Segurança Pública para relatar o que está acontecendo no sistema”, disse.
Paralisação de rodoviários
A paralisação dos rodoviários pegou a população de surpresa no início da manhã da última terça-feira (30). Os terminais ficaram fechados e os pontos de ônibus lotados. Toda a frota que atende o sistema Transcol e das empresas que fazem as linhas em Vitória e em Vila Velha ficaram paradas. Pelos menos 300 motoristas e cobradores foram impedidos dentro das garagens de sair às ruas para trabalhar.
A paralisação aconteceu após um atentado contra um motorista do Transcol. Ele foi baleado na cabeça, durante um assalto a um ônibus, na noite do último sábado (27), em Cariacica. Os rodoviários exigiram mais segurança para motoristas, cobradores e passageiros do transporte coletivo da Grande Vitória.
Os ônibus voltaram a circular somente às 16 horas da última terça-feira (30), após uma reunião no Palácio Anchieta. Os representantes do Sindirodoviários aceitaram as propostas feitas pelo governador Renato Casagrande e pelo secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia.
Justiça proíbe paralisação surpresa
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBUS) entrou com um pedido de liminar na Justiça para suspender a paralisação dos ônibus, sob risco de multa de R$ 100 mil por hora. A entidade lamentou os transtornos e danos causados à população capixaba.