Passageiro agredido por PMs em ônibus do Transcol diz que vai entrar na Justiça
Imagens de policiais batendo em operador de máquinas em Araças foram divulgadas por inúmeras postagens. Corregedoria irá abrir inquérito sobre o caso
O vídeo com policiais militares agredindo um homem causou repercussão nas redes sociais. As imagens, gravadas em um celular na tarde do último sábado no bairro Araças, Vila Velha, mostram um homem dominado e sendo agredido com golpes de cassetete e spray de pimenta por outro PM. As agressões só param quando as pessoas começam a protestar.
A vítima, o operador de maquinas Wedson de Oliveira, tem escoriações nas costelas e na perna. Ele se diz revoltado e envergonhado e que sua filha de quatro anos, que assistiu a tudo, está traumatizada.
Segundo o operador de máquinas, a agressão começou depois de que ele, que voltava para casa com a esposa e a filha, tentou entrar pela porta traseira do ônibus. Mesmo dizendo que pagaria a passagem, o trocador não acreditou e chamou a polícia.
Após a confusão, Wedson foi levado para a delegacia. Lá os policiais contaram havia batido no rosto de um deles, por isso aconteceram às agressões, mas ele nega.
Ação equivocada
A vítima afirma que irá procurar a Corregedoria da Policia Militar para abrir processo contra os policiais e também entrar na Justiça contra o Estado. “Vou procurar meus direitos. Não só os policiais, mas o cobrador também tem culpa”, disse.
Para o advogado Alex Wiliam, mesmo que o operador de máquinas tivesse começado a agressão, os policiais agiram errado, pois deveriam parar com as agressões a partir do momento em que Wedson foi imobilizado. Alex considera que os policiais cometeram dois crimes: abuso de autoridade e lesão corporal.
A Corregedoria informou em nota que irá abrir inquérito e apurar o que aconteceu e se colocou à disposição de Wedson para abrir uma ação administrativa.