Polícia

Acusados de participação no assassinato de Milena Gottardi serão julgados no Dia da Mulher

O tribunal do júri dos seis réus será realizado no dia 8 de março do ano que vem. Crime aconteceu em 2017, no estacionamento do Hospital das Clínicas

Foto: Reprodução

O tribunal do júri do caso Milena Gottardi já tem data para acontecer. O julgamento dos seis acusados de envolvimento no assassinato da médica, morta em setembro de 2017, será realizado no dia 8 de março do ano que vem, Dia Internacional da Mulher. 

Todos os seis réus que fazem parte do processo já foram intimados. O advogado da família da médica, Renan Sales, confirmou a informação e disse ter sido intimado nesta segunda-feira (30) para o tribunal do júri.

A oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. A médica morreu aos 38 anos e deixou duas filhas.

Inicialmente, a polícia suspeitou de uma tentativa de assalto, mas as investigações apontaram que se tratou de um crime encomendado, cujos mandantes são o então marido da médica, o ex-policial civil Hilário Frasson, e o pai dele, Esperidião Frasson.

Ainda de acordo com as investigações, o assassinato teve dois intermediários: Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho. Eles, por sua vez, teriam feito a ponte entre os mandantes e os acusados de serem os executores, Dionatas Alves Vieira, o atirador, e Bruno Rodrigues Broetto, primo de Dionatas, que teria roubado a moto para a execução do crime.

Demissão da PCES

Na época do assassinato da médica, Hilário Frasson pertencia aos quadros da Polícia Civil do Espírito Santo. Por causa do crime, um procedimento interno foi instaurado contra Hilário Frasson, que resultou na expulsão dele da corporação.

O decreto estadual que oficializou a demissão de Hilário Frasson da PCES foi publicado no Diário Oficial do dia 14 de setembro deste ano. De acordo com o decreto, assinado pelo governador Renato Casagrande, o ex-policial também não poderá exercer qualquer função no funcionalismo público por dez anos.

Mesmo preso e sem trabalhar, Hilário continuava recebendo salário em função de seu cargo na PCES. De acordo com o portal da transparência, em agosto, o ex-policial civil recebeu salário líquido de mais de R$ 4,5 mil.

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