Navio atracado no ES com mais de 1,5 tonelada de cocaína ia para a Europa
Polícia Federal divulgou novas descobertas sobre o caso. A suspeita é que uma organização criminosa com atuação em São Paulo esteja envolvida
Mais de 1,5 tonelada de cocaína foi apreendida em um navio atracado no cais da VPorts, antigo Porto de Vitória. Novas informações da alfândega no Espírito Santo destacaram ser a maior apreensão de drogas em portos realizada no Estado. Agora, polícia uma eventual ligação da carga com uma organização criminosa de São Paulo.
A varredura foi realizada na tarde de domingo (05), por meio de uma ação da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal do Brasil, com o intuito de confirmar informações de que a embarcação seria usada para transportar drogas e entorpecentes que partiriam do Brasil para a Europa.
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Na ocasião, o Folha Vitória acompanhou a inspeção. Ao todo, foram encontrados e apreendidos 1.594 quilos de cocaína dentro do navio, divididos em 52 fardos.
"Até onde nós conseguimos fazer um levantamento, do passado até agora não encontramos nenhum outro caso em que uma única embarcação em portos do Espírito Santo tenha tido uma apreensão tão grande como essa", afirmou o superintendente da Receita Federal no ES, Douglas Costa Koehler.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, a droga estava sendo transportada para a Europa.
"Eu posso afirmar que o destino final era a Europa, mas não sabemos dizer ainda onde essa droga foi embarcada", relatou o superintendente regional da Polícia Federal, delegado Eugênio Ricas.
Ainda segundo a apuração dos agentes, o navio partiu de Hamburgo, na Alemanha, passando por portos de Buenos Aires, na Argentina, Santos, em São Paulo, e Rio de Janeiro.
Tripulantes devem permanecer no Brasil
Em algum momento da viagem, que ainda não foi descoberto, o material teria sido puxado para o navio com o auxílio de cordas. Devido a forma suspeita com que as drogas foram implantadas na embarcação, a polícia também investiga o envolvimento de algum dos 28 tripulantes.
"Nós utilizamos um equipamento para coletar as impressões digitais. Todos os tripulantes estão tendo as suas impressões digitais comparadas com aquelas encontradas nos pacotes de drogas. O material genético da tripulação também foi recolhido, para apontarmos com certeza quem foi responsável por colocar as drogas no navio", apontou Ricas.
Todas as pessoas que estavam a bordo do navio deverão permanecer no Brasil até o fim das investigações.
Para a Polícia Federal, a suspeita é que uma organização criminosa com forte atuação no Estado de São Paulo seja responsável pelo crime.
Os agentes foram informados da situação do navio por meio do Serviço de Inteligência. No momento, o caso segue sob investigação.
Caso acusados, os envolvidos podem ser condenados por tráfico internacional, com pena de 5 a 15 anos de prisão.
Segundo a Marinha, que também atuou no caso, a apreensão é parte de um trabalho de proteção econômica da área portuária do Estado.
"Hoje com essa atuação, mostramos a segurança para o armador, para que aquelas pessoas que conduzem seus navios possam escolher os portos do Espírito Santo para fazer a entrega ou o escoamento da sua carga", comentou o comandante Dos Anjos, da Capitania dos Portos.
*Com informações da repórter da TV Vitória / Record TV, Keila Lopes.
