Além do fogo-amigo do próprio PT, agora a presidente Dilma Rousseff perdeu escancaradamente o apoio de setores do Itamaraty. Convidado de honra do VIII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, o embaixador Paulo Cordeiro reclamou em discurso que o Itamaraty não tem opinião pública formada que o apoie em suas iniciativas, e deixou a presidente numa situação delicada: Nós, os neurônios da Dilma, temos que ganhar a opinião pública, não temos isso no Congresso. As declarações evidenciaram as relações tensas que o Planalto vive com parte do MRE.
Até hoje, por ordens do Planalto, o Itamaraty não se posicionou sobre o acidente com o avião da Malaysia Air na Ucrânia, e sobre o atentado no metrô de Santiago do Chile.
Cordeiro disse também que não há interface do Itamaraty com o Congresso Nacional, e deixou nas entrelinhas que senadores e deputados não entendem de política externa.
O embaixador é responsável pelas relações do MRE com a África e o Oriente Médio. A plateia, formada por professores e a maioria simpatizantes do PT, ficou confusa.
Assim como Mantega que agora diz que pediu para sair o ex-chanceler Antonio Patriota era alvo constante da fúria da chefe, até ser demitido por ela.
Os servos do castelo
A equipe presidencial do Palácio da Alvorada, a residência oficial da presidente Dilma Rousseff, fez um belo trabalho de inclusão social. Mas por pressão da inquilina. Dilma não aguentou o falatório dos serviçais nos jardins, entre brincadeiras e conversas em alto som, e exigiu que trabalhassem em silêncio, por causa de suas leituras e da mãe, dona Dilma, que mora com ela.
Ordem é ordem, e cumprida: A empresa terceirizada admitiu surdos-mudos para os serviços. A chefe nem soube. Procurada, a assessoria da Presidência não se manifestou.
Os serviçais conhecem a chefe. Dilma cobra silêncio absoluto no Planalto porque fica os fins de semana estudando planilhas e conferindo programas dos ministérios.
Dilma põe o terror em ministros aos domingos, e muitos deles não saem de Brasília. Há ocasiões em que ela chama alguns para cobrar atualizações no domingo à noite.
Os jatinhos do poder
Nas suas duas campanhas, Fernando Henrique Cardoso sempre voou no jatinho emprestado pelo banqueiro Ronaldo Cezar Coelho. FHC passava constrangimentos em voos longos. O avião não tinha toilette, apenas uma cortininha que separava uma poltrona que se transformava em assento sanitário.
Jato por jato, a mais curiosa cena foi uma da candidata Dilma em 2010. Ela deu um chilique com a direção do PT porque não queria mais voar em avião no qual ficasse agachada o partido fretava um Learjet 31 ou 45, com cabines de 1,60m de altura.
Dilma gosta de andar na cabine durante o voo (quando não entra no cockpit para verificar o tempo com os pilotos ou mudar a rota por causa de uma nuvem).
Explica essa…
Presidente da Câmara e candidato líder ao governo do RN, Henrique Alves (PMDB) achou absurdo ser citado como propinado por Paulo Roberto Costa. Tem o direito de reclamar, não há provas. Assim como o dever de explicar até hoje não elucidado o que seu motorista fazia com R$ 100 mil em espécie dentro do carro oficial quando foi assaltado em Brasília em julho de 2013.
Segundo Henrique Alves, o dinheiro era de um empréstimo. É praxe para os cidadãos receberem um empréstimo de grande quantia via TED na conta, não em uma mala carregada no banco traseiro de um veículo.
Rainha da Inglaterra
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, virou uma rainha da Inglaterra governa sem poder. E o inferno astral só acaba em janeiro de 2015, quando passa a faixa. Está sem dinheiro em caixa para fazer grandes obras, sem agência de publicidade para divulgar as ações e, o pior: não pode inaugurar nada por causa da lei eleitoral.
Segurança é pública
O TRT-SP decidiu em acórdão que uma empresa não pode responder judicialmente pela situação de violência que vive a sociedade. Beneficiou a Souza Cruz, que fora condenada em 1ª instância a pagar indenização a funcionário vítima de assaltos.
Liguem as máquinas!
Notícia boa em Caracas. O secular jornal Impulso conseguiu negociar com o governo Maduro a compra de papel e não vai mais extinguir a edição impressa. Na Venezuela, acredite, o governo controla os insumos para a compra de papel e a tiragem dos jornais..
Cura gay chinesa
Veja o que ocorreu na China, e congressistas de Brasília estão de olho: A Organização Mundial da Saúde vai dar assistência a 98 mil chineses que nos últimos anos foram tratados com eletrochoques em hospitais com o que promete ser a cura gay. O chinês Xiao Zhen, um dos sobreviventes do método, digamos, masoquista, denunciou o tratamento em vídeo e chamou a atenção da OMS.
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Com Equipe DF, SP e Nordeste