Mercado do diploma explica cobiça por MEC

Até a nomeação de Renato Janine para o Ministério da Educação, PT, PMDB e PROS digladiaram na arena política pelo controle da pasta. Não apenas pelo gordo orçamento e o FIES – que se tornou um pote de ouro de sobrevida para as faculdades particulares. O mercado do diploma da ‘Pátria Educadora’ – lema do segundo governo Dilma – explica o apetite de políticos e empresários do setor (em muitos casos aliados). Levantamento do MEC para a Coluna mostra que há 41 pedidos de aberturas de faculdades em tramitação e 5 mil processos de autorização para cursos em análise.

Invasão yankee

Grupos americanos e europeus estão de olho nesse mercado no Brasil e investindo pesado na compra de faculdades, além das notórias fusões entre entidades brasileiras.

Cotação do boletim

No balcão, cada aluno vale R$ 11 mil no valorizado mercado de venda de faculdades. Apenas a ‘carteira’ de uma instituição com 2 mil alunos chega a custar R$ 25 milhões.

Top five

Os cursos mais pedidos nos últimos 4 anos são Engenharia Civil (964), Administração (820), Pedagogia (740), Gestão de RH (637) e Engenharia de Produção (599).

Intensivão tucano

A Executiva do PSDB vai contratar o especialista em imagem Luiz Marins para ministrar intensivão à bancada na Câmara, dia 24, no Instituto Israel Pinheiro. O PSDB quer melhorar a imagem junto às classes C e D e se livrar da pecha de ‘partido de elite’.

Crise existencial

Vão discutir também o papel da oposição na atual conjuntura. O chamariz será o ex-presidente FHC, que fará a abertura do evento. O senador Aécio Neves (MG) encerrará.

Argôlo, o quase-retorno

A PF descobriu em escutas que o Luiz Argôlo (SD-BA) articulava com um deputado a sua volta para a Câmara Federal e deflagrou a operação que o levou à prisão junto com o ex-deputado André Vargas.

Promovido ao xadrez

Argôlo negociava a nomeação de deputado para órgão importante na Bahia, e assumiria mandato na tentativa de evitar sua prisão, sob foro privilegiado. Não deu tempo.

Quatro rodas

Até semanas atrás, o juiz Sérgio Moro, que comanda a investigação da Lava Jato, estava indo para o trabalho de bicicleta em Curitiba. Um amigo o aconselhou a voltar a dirigir.

Supremos

A presidente Dilma vai indicar o próximo ministro do STF até quinta-feira, após retornar da Cúpula das Américas. Estão na mesa os nomes dos ministros do STJ Luiz Felipe Salomão (RJ), Mauro Campbell (AM) e Benedito Gonçalves (RJ), o favorito.

Casal 20

Manuela Sabóia de Alencar, chefe do setor médico da CGU, é esposa do Secretário executivo do órgão, Carlos Higino. Formam o casal 20 que tem incomodado muita gente. Em setores diferentes, não há nepotismo nesse caso. Ambos são cedidos: ela do GDF – onde faltam médicos nos hospitais – e ele da Receita Federal.

Mercado do mal
A secretaria do Sistema prisional do DF está de olho na violação de direitos humanos envolvendo familiares de detentos durante as visitas. ‘Serviços’ de esposas e namoradas de apenados dentro da cadeia têm sido negociados como pagamento por dívidas.

Franceses x Caixa

A Caixa Seguros, empresa de capital misto da Caixa (49%) em associação com francesa CNP (51%), rende tanto dinheiro que inaugurou há dois meses uma torre de vidro espelhado ao custo de R$ 100 milhões, no Setor Hoteleiro Norte.

Au revoir
A Caixa tentou recomprar no fim do ano passado a parte da francesa, mas agora são os europeus quem querem adquirir a empresa toda. Vencido e precisando fazer ‘caixa’, o Governo não viu outra saída, e o ministro Joaquim Levy (Fazenda) anunciou o interesse na venda. A negociação vem de mais de um ano.

Ponto Final

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Com Equipe DF, SP e Nordeste

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