A comunidade jurídica se pergunta o porquê da demora do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em apresentar ação cautelar para afastar do cargo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um fato sigiloso: até agora a PF e a PGR não conseguiram associar o dinheiro de Cunha na Suíça à corrupção do esquema da Petrobras. Há um grupo de trabalho especial para o caso do deputado. “Devem tomar cuidado para não forçar a barra”, resume um parlamentar, ex-delegado.
OAB x Cunha
Se nos próximos dias Janot não pedir a cabeça de Cunha ao STF, o conselho federal da OAB vai provocar o PGR a fazê-lo. A Ordem e Cunha não se bicam há anos.
Provas cabais
O colégio de presidentes da OAB se posicionou por unanimidade pelo afastamento de Cunha. Para a Ordem, sobram “provas cabais”. Sua permanência ficou “insustentável”
Alô, presidente
O país ainda se recuperava da ressaca da carta-bomba de Michel Temer, na quinta, quando o presidente do Senado soltou: “Ih, tenho até que ligar para ele”, dissimulou.
Vai ter volta
Cunha ganha inimigos de todos os lados. Antes do início do processo contra o presidente da Câmara, o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), presidente do Conselho de Ética, avisou: “Ele não terá vida fácil.” Mas a vida do baiano virou inferno: “Está difícil. Cada agonia no seu dia. Não vai ficar assim: quem viver, verá”, sentencia.
Dois lados
O Brasil vai assistir a uma batalha pró e contra o recesso parlamentar (previsto a partir desta sexta até 30 de janeiro). À Coluna, Renan e Cunha declaram-se opostos. “Não podemos enterrar a cabeça na areia”, diz o presidente do Senado, contra as férias.
A conferir
“Não acredito que interromperá o recesso. O Supremo deve adiar. Havendo vistas, não deverá ter decisão. E aí fica para fevereiro”, diz Cunha, apostando que um ministro do STF vai paralisar o processo iniciado por Fachin sobre o rito do impeachment de Dilma.
Dilma a pé
Motoristas terceirizados que atendem o staff da Presidência receberam salário atrasado na sexta. Mas não ganharam Vale Transporte e tíquetes. Ameaçam parar de novo.
Segredo do sucesso
A Lava Jato é caso ímpar em que procuradores e delegados estão afinados. A despeito da ciumeira das categorias numa briga legislativa, antiga, pelo comando de inquérito.
Semana do “bereberê”
A Força Sindical instalou um pequeno trio elétrico em frente ao gramado do Congresso. Lá permanecerá até a próxima sexta (18) com a repetitiva paródia sertaneja: “… bereberê, Brasil vamos pra rua para tirar Dilma e PT.”
Fogo na reserva
Marina Magalhães, linguista e professora da UnB que está na região, denuncia descaso dos governos do Maranhão e federal para grande incêndio, com vários focos, nas aldeias na região de Carú, Awá e Alto Turiçu. Afetando as tribos Awá, Ka’apór e os Guajajara.
Guerra petista
O PT do Recife quer sepultar a candidatura de Mozart Salles, alvo da PF na operação sobre denúncias na Hemobras. Pode ser coisa de vizinho. O adversário interno no PT é o ex-prefeito João Paulo, que mora no mesmo edifício onde houve chuva de dinheiro.
Pela instituição
O presidente da Associação dos Delegados de PF, dr. Carlos Sobral, tomou a iniciativa de procurar a Fenapef e fazer um pacto de não-agressão. Como notório, os policiais e delegados lutam por benefícios nas carreiras; em muitos casos não concordam. “Vamos lutar sempre pelo fortalecimento da instituição e autonomia dos delegados”, diz Sobral.
Vem terremoto
Maria Eugênia Castro, presidente do Sindicato dos Astrólogos do Rio, analisou o mapa astral de Dilma, que completa 67 anos amanhã. “Vive momentos difíceis, quando Saturno entrou em quadradura com Júpiter, o planeta do signo dela, que é Sagitário. Em dezembro, vida dela passará por terremoto: Urano em quadradura com Marte”.
Previsão
Para a astróloga, a presidente fica no cargo, pelo que viu: “receberá muitas críticas até abril de 2016, pois as quadraduras em seu signo só terminarão nessa fase”.
Ponto Final
O Planalto no front: Janot pede ao STF que anule votação secreta na Câmara que instalou comissão do impeachment, e Dilma pede o cancelamento do processo.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
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