A Ford recebeu nos últimos três anos, só na Bahia, mais de R$ 900 milhões em benefícios fiscais. Foram R$ 351 milhões, em 2018; R$ 368 milhões, em 2019 e, no ano passado, R$ 229 milhões. Sob a justificativa de “reestruturação na América do Sul”, a multinacional encerrou a produção de veículos no Brasil e fechará três fábricas – de Camaçari (BA); de Taubaté, no interior de São Paulo, além da unidade da Troller em Horizonte, no Ceará.
Impacto
Conforme dados levantados pelo Governo da Bahia, a pedido da Coluna, R$ 500 milhões em salários eram injetados mensalmente pela Ford. A empresa não solicitou nenhum novo incentivo ao Estado recentemente, informa o governo baiano.
Prejuízo
A Prefeitura de Camaçari concedeu à Ford, no ano passado, isenção de tributos municipais pelo prazo de cinco anos. Uma das contrapartidas durante o período, não cumprida pela empresa, seria investir na fábrica instalada no município. Só em ICMS, Camaçari terá um prejuízo de R$ 80 milhões por ano devido ao fechamento da unidade.
Demitidos
O Governo da Bahia instituiu um grupo de trabalho para viabilizar a atração de uma nova montadora e elaborar um banco de dados para servir de subsídio para empresas que possam vir a empregar os trabalhadores demitidos pela Ford.
Má vontade
A Secretaria de Comunicação do governo do Maranhão recusou-se, ano passado, a responder demanda sobre publicidade em veículos de imprensa locais. A Coluna recorreu à Lei de Acesso à Informação (LAI) e recebeu da assessoria uma desculpa pior ainda. De que a demanda era genérica e que envolveria inúmeros assessores para milhares de processos. Balela pura.
Favorito
Com a oficialização do apoio da bancada do Progressistas, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato de Davi Alcolumbre (DEM-AP), desponta como favorito para vencer a disputa à presidência do Senado.
Bloco
O bloco encabeçado pelo democrata já soma 38 senadores de oito partidos: PT, PP, PROS, DEM, PL, PSC, PSD, além do Republicanos. Para vencer a disputa, são necessários 41 votos – caso os 81 senadores estejam presentes na sessão de 1º de fevereiro.
Alternância
Desde a redemocratização, em 1985, apenas políticos do DEM e do MDB ocuparam a presidência do Senado. Além de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está na disputa a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Convocação
Deputados e senadores não pretendem, por ora, interromper as férias e convocar o Congresso Nacional para deliberar sobre a prorrogação do estado de calamidade pública, do auxílio emergencial e debater a vacinação no país.
Requerimento
Apenas 20 senadores e 13 deputados assinaram, até ontem, o requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Para que seja convocada a sessão extraordinária, são necessárias assinaturas de metade dos parlamentares de cada Casa – 41 no Senado e 257, na Câmara.
Quando?
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, adiou as reuniões que estavam agendadas para esta semana com governadores e prefeitos. É que eles querem saber quando terá início a vacinação em todo o país e o general mantém a evasiva resposta: “Vamos vacinar em janeiro”.
Incerteza
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 60,9 pontos em janeiro de 2021 ante 63,1 pontos em dezembro de 2020. A queda demonstra a elevada incerteza com relação à evolução da pandemia e seu impacto na economia brasileira.
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