Crise BB

As articulações na Câmara e no Senado influenciaram na crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Banco do Brasil, que anunciou na última semana proposta de fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários. O que dizem internamente no banco é que houve um erro de estratégia. O momento foi errado porque, com a eleição no Congresso, começou uma enorme pressão de deputados e senadores em cima de Bolsonaro para não fechar algumas agências, além de pedidos de cargos no BB.

Desgaste
Bolsonaro atua para fazer o sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara. Foram deputados que apoiam o candidato do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), que mais criticaram o anúncio do programa de enxugamento do BB.

Fritura
A crise arrefeceu, mas o presidente da instituição, André Brandão, permanece sob fritura. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que indicou Brandão, atuam como bombeiros para mantê-lo no cargo.

Plano
O Ministério da Defesa ainda não tem definido o plano para a atuação das Forças Armadas na campanha nacional de vacinação contra o Covid-19. No ano passado, o chefe da pasta, Fernando Azevedo, chegou a afirmar que a imunização em massa vai exigir uma “operação logística de guerra”.

“Expertise”
“No momento, nós estamos nos preparando para apoiar a vacinação”, afirma o ministério à Coluna, via assessoria. Diz ainda que já apoia o Ministério da Saúde em diversos programas e projetos, inclusive com vacinas, “de modo que já existe expertise no tema”.

Vergonha
O voo cancelado diante da recusa da Índia em vender 2 milhões de doses da vacina de Oxford expõe o governo brasileiro à vergonha internacional. Aliás, a sanha e insistência do Ministério da Saúde pela vacina da Astrazeneca, com outras ofertas no mundo, seriam porque a Oxford tem poderoso sócio brasileiro.

Ciência
O problema de não investir em pesquisa e ciência há décadas é depender de outros países em momentos cruciais como este. A Índia segura as doses para priorizar sua população. Com o mesmo objetivo, a China retém insumos. Por motivos políticos e ideológicos – dos dois lados -, a Coronavac encalha.

Veto
O Congresso Nacional aprovou projeto que proibia o contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Mas o presidente Bolsonaro vetou, sob justificativa de que a medida reduziria o espaço do Executivo e do Legislativo na definição de prioridades do Orçamento.

Logística
O Governo de Minas comprou 50 milhões de seringas. Deste montante, 21 milhões de unidades já chegaram ao estado. Mais de 450 câmeras frias, para armazenamento dos imunizantes, também já foram entregues. A logística para organizar a imunização da população será semelhante à utilizada nas campanhas contra a Influenza.

Vigilância
Pernambucano não vive um bom momento e está endurecendo medidas para proteger os seus cidadãos contra o aumento do Covid-19. Proibiu sons ao vivo em bares e restaurantes e aglomeração nas praias. Também está colocando mais policiais militares nas ruas para conter os homicídios que cresceram 8,4% em relação a 2019.

Emergência
Está autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil, em caráter emergencial, o aumento dos limites de tempo de voo e de jornada de trabalho para tripulantes. A flexibilização, em vigor até 25 de janeiro, só será aceita quando a operação estiver relacionada às emergências do Covid-19, como transporte de pacientes, insumos ou profissionais de saúde.

Alíquotas
Portaria do Ministério da Economia oficializou reajuste de 5,45% nos valores das alíquotas de contribuição dos servidores públicos da União, incluindo ativos, aposentados e pensionistas. Após a aprovação da Reforma da Previdência, as alíquotas passaram a ser progressivas e atualizadas de acordo com a inflação do ano anterior.

ESPLANADEIRA

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