Uma triste surpresa na nova lista do “trabalho escravo” nas lavouras, do Ministério Público do Trabalho e do sindicato dos fiscais, caiu como bomba na Souza Cruz e a Philip Morris, as maiores cigarreiras da América do Sul. De abril a setembro, a indústria do fumo foi um dos setores com mais lavradores resgatados, com 76 trabalhadores. A Souza e a Philip, que controlam o mercado nacional e se vangloriam de pagar bilhões de reais em impostos, se escondem no bojo da Abifumo, associação que criaram, quando o assunto é delicado. A Souza, aliás, tem determinação interna de evitar responder a Coluna, orientação de um consultor terceirizado de Brasília. Um desespero velado segue nos corredores para que assunto não chegue à British American Tobacco, em Londres, proprietária da Souza e que preza por rígido compliance com fornecedores. A Abifumo não quis detalhar quais procedimentos têm para fiscalizar as lavouras no campo. Em nota à reportagem, resumiu que “todas as etapas da cadeia produtiva são monitoradas por meio de um rígido controle, sendo realizada de forma periódica (…), com ampla participação dos órgãos competentes”. Não é o que parece.
O homem de Pequim
Stratégie, diria o General De Gaulle. Em questão de soberania nacional, a informação é crucial para antecipar decisões. Com esse olhar, o presidente Bolsonaro, sob risco e perder a eleição, decidiu enviar um experiente militar para a Embaixada da China como novo adido do Exército em Pequim, para ficar de olheiro num eventual governo da centro-esquerda aqui. O Cel. José Jorge Gonçalves Jr. assume dia 28 de dezembro.
Só .bet lucra
O Governo perde mais de R$ 1 bilhão por ano em arrecadação de impostos com a falta da regulamentação das apostas esportivas online, já aprovadas em lei. As “bet” patrocinam todos os times da série A da CBF. A Betano investe R$ 15 milhões em mídia online por mês. A PixBet fechou R$ 185 milhões com a FIFA e outros R$ 180 milhões com clubes do Brasileirão este ano. A SportingBet aportou R$ 120 milhões apenas num canal de TV à cabo brasileiro.
Nas asas do povo
A farra nos jatinhos da FAB não para, embora as regras sejam para uso em agendas oficiais. Ministros têm embarcado para visitar as residências. De 7 a 9 de outubro, fim de semana, o da Saúde, Marcelo Queiroga, voou de São Paulo para Campina Grande (PB), de lá para João Pessoa, e da capital de volta a Brasília. Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira foi numa quinta e voltou segunda (6 a 10 de outubro) na rota Brasília-Maceió. E o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, voou num jato num bate-volta Brasília-BH de 9 a 10 de outubro para seu reduto.
Pré-calote
VASP, Varig e Transbrasil faliram nos anos 90 devendo perto de R$ 2 bilhões à Infraero neste repasse: Hoje, a estatal tem R$ 62,6 milhões a receber de tarifas de embarque retidas pelas companhias aéreas que operam no Brasil. A Infraero não informa o passivo de cada. Três concessionárias de grandes terminais consultadas, que herdaram o direito do repasse, também omitem os seus créditos – em prol da parceria.
Batalha do bisturi
O STF revelou em audiência a guerra velada pela abertura de cursos de medicina no País – um filão do diploma, cujas mensalidades podem superar R$ 10 mil. De um lado, grandes grupos educacionais que desejam manter a hegemonia do processo; de outro, instituições médias que querem mercado – e só operam cursos por força de liminar.
ESPLANADEIRA
# Puro World Club promove na quarta degustação de charutos na Praça Pick UP do Aeroporto de Brasília. # Ava Galleria Rio abriu exposição Arte no Outubro Rosa, na Fábrica Bhering (RJ). # Designer de interiores Anna Persia Bastos palestra hoje no Talk Saúde. # Ana Grynberg promove amanhã ‘Tarde de Estilo’ com Vanessa Marques, no RJ. # Acontece até dia 30 a 5ª edição da Bienal Internacional do Livro de Brasília, no Parque da Cidade. # Jaguar Parade realiza até dia 26 leilão online das esculturas de onças-pintadas. # Jornal Tribuna da Bahia completou 53 anos # Fotógrafo carioca Léo Barreto (@leobarreto_photo) abriu exposição na Galeria Gahyia em Caraíva (BA).